Moeda americana à vista subiu assim que o sindicato Assibge-SN convocou os trabalhadores a aderirem a um ato de protesto contra o atual presidente do IBGE, Marcio Pochmann
O mercado interpretou o movimento como um simbolismo de que as bases do governo federal estariam mais frágeis, enquanto segue na missão de apresentar o relatório bimestral de receitas e despesas ainda hoje. Assim, o dólar à vista subiu 1,78%, a R$ 5,5209, perto da máxima de R$ 5,5239 alcançada pela tarde.
Além da nota do sindicato do IBGE, há incertezas quanto ao quadro fiscal do país, que tende a embutir risco nos ativos domésticos.
O Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) informou que divulgará os principais pontos do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do 4º bimestre entre o fim da tarde e o começo da noite de hoje. Contudo, a apresentação tradicional seguida de coletiva de imprensa só deve ocorrer na segunda-feira.
“Governo está meio de calças justas. O fiscal está totalmente descontrolado. E o governo tem abacaxi grande para resolver, porque a briga era para cair juros, mas acabou que a Selic subiu”, acrescenta Velloni. Mais do que isso, o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) trouxe um tom mais hawkish (duro) do que o mercado esperava.
O DXY, índice que mede a performance do dólar contra uma cesta de moedas fortes, subia 0,14% no fim da tarde, na casa dos 100,757 pontos, em razão, sobretudo, da alta de 0,92% da divisa americana em relação ao iene.
Hoje a segunda maior economia do mundo decepcionou parte do mercado, visto que o Banco do Povo da China (PBoC) manteve suas taxas inalteradas. Havia expectativa por um corte de juros e a percepção é de que o PBoC estaria pressionado pelas preocupações com a lucratividade bancária e o recuo do rendimentos de longo prazo, segundo avaliou a Capital Economics.
Publicado por Tamyres Sbrile