O dólar comercial abriu os primeiros negócios desta quinta-feira (31), último dia de maio, em queda ante o real, após dois dias seguidos de alta – e de recuperar o patamar dos R$ 2 na véspera –, mas acabou retomando a trajetória de valorização pouco tempo depois.
Às 10h36 (horário de Brasília), a moeda norte-americana avançava 0,42%, cotada a R$ 2,024 na venda.
A alta começou após dados frustrantes dos Estados Unidos abalarem o apetitite por risco dos investidores. Operadores destacavam ainda a expectativa com o fechamento da taxa Ptax do mês nesta quinta-feira e os preços das commodities em queda como motivos para os ganhos da moeda norte-americana.
"Como os dados dos Estados Unidos vieram ruins, isso ajudou a puxar o dólar para cima, mas há também as commodities que estão em baixa … e isso também puxa uma alta na cotação", afirmou o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil Ovidio Soares.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu a uma taxa anual de 1,9%, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira, em sua segunda estimativa, ante primeira leitura no mês passado de 2,2%.
O índice CRB, que reúne 19 commodities e serve como referência global para este tipo de ativo, tinha perdas de 0,15%.
Na quarta-feira, o dólar fechou a R$ 2,0155, alta de 1,46%. A última vez que a moeda havia fechado acima de R$ 2 foi na quinta-feira da semana passada.
Na noite desta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic em 0,50 ponto percentual, para 8,50% ao ano, batendo novo recorde histórico de baixa. Até então, o menor nível alcançado pela taxa era de 8,75%.