quinta-feira, 07/11/2024
InícioEconomiaDólar fecha semana em leve queda, à espera do Fed

Dólar fecha semana em leve queda, à espera do Fed

O dólar acumulou na semana declínio de apenas 0,62 por cento, com a fraca agenda econômica dos Estados Unidos desta semana oferecendo uma trégua aos mercados. Nas semanas anteriores, o dólar registrou variações mais expressivas, subindo ou caindo mais de 1 por cento ao dia.

Nesta sessão, a divisa norte-americana chegou a subir na primeira etapa dos negócios de olho no front internacional. Mas o tom mais otimista dos mercados externos à tarde –com as bolsas de valores norte-americanas subindo e o risco Brasil estável– contribuiu para a melhora interna.

“A abertura foi mais nervosa por causa da Turquia, o mercado americano amanheceu neutro e aí quando subiu, aqui não aguentou e (o dólar) caiu”, resumiu Alexandre Vasarhelyi, responsável por câmbio do banco ING.

A lira turca caiu ao menor nível desde março de 2003 em relação ao dólar nesta sexta-feira, com o banco central turco intervindo no mercado para dar suporte à moeda do país. A oscilação turca acabou abatendo os mercados emergentes em geral. O dólar atingiu o maior nível em dois meses frente ao euro e ao iene nesta sessão.

TODAS AS ATENÇÕES NO FED

Mesmo com a semana aparentemente mais calma, os mercados continuam bastante preocupados com o rumo da política monetária nos Estados Unidos, diante da reunião do Fed nos dias 28 e 29 de junho. A cautela fez com que os investidores colocassem o pé no freio e evitassem grandes apostas, disseram analistas.

Segundo o gerente de câmbio de um banco estrangeiro, que não quis ser identificado, “praticamente é dado o aumento de 0,25 ponto percentual no juro, apesar de algumas correntes falarem em 0,50 ponto percentual”.

O gerente acrescentou que o grande foco da próxima semana será o comunicado que o Fed divulga junto com a decisão do juro.

Na opinião da diretora de câmbio da AGK Corretora, Miriam Tavares, o comunicado pode prolongar o período de volatilidade e incerteza dos mercados até a reunião seguinte do BC norte-americano, marcada para 8 de agosto.

“A gente dizia há um mês que até o dia 29 a volatilidade deveria permanecer, e agora a gente está adiando isso porque a grande questão que provoca tanta incerteza é o que o Fed vai fazer depois”, explicou ela.

De acordo com a diretora, essa cautela tem deixado o mercado mais “travado” e com volume menor de negócios.

“A preocupação com o crescimento econômico mundial… também se agravou. O dólar aqui só não está sofrendo mais pressão de alta porque a gente conta com saldo positivo da balança comercial”, afirmou, acrescentando que os títulos da dívida externa brasileira são os que menos sofrem entre os ativos de países emergentes.

Clique AQUI, entre na comunidade de WhatsApp do Altnotícias e receba notícias em tempo real. Siga-nos nas nossas redes sociais!
Parmenas Alt
Parmenas Alt
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
RELATED ARTICLES

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Please enter your comment!
Digite seu nome aqui

- Publicidade -

Mais Visitadas

Comentários Recentes