Depois de passar toda a manhã em queda, o dólar mudou de direção e fechou em alta, no maior valor em quase quatro meses, com o mercado avaliando as perspectivas de novos estímulos econômicos na China e a alta dos preços do petróleo, ao mesmo tempo em que mostrou apreensão com as perspectivas econômicas para o Brasil.
A moeda norte-americana subiu 0,51%, vendida a R$ 4,0549 Veja a cotação
Desde o início do ano, o dólar avança 2,70% frente ao real. É o maior valor desde o dia 29 de setembro, quando a moeda fechou a R$ 4,0591.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, caía 0,687%, a 4,0065.
Às 9h50, caía 0,402%, a R$ 4,018.
Às 10h39, caía 0,002%, a R$ 4,0341.
Às 11h20, caía 0,24%, a R$ 4,0245.
Às 11h40, queda de 0,09%, a R$ 4,0307.
Às 12h20, queda de 0,06%, a R$ 4,0318.
Às 12h50, alta de 0,46%, a R$ 4,053.
Às 13h19, alta de 0,3%, a R$ 4,0465
Às 15h30, alta de 0,33%, a R$ 4,0475
Às 16h, alta de 0,24%, a R$ 4,0440
Declarações de Tombini
Nesta manhã, declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, alimentaram as dúvidas do mercado ao aumentar as chances de que o Banco Central promova um aumento menor dos juros básicos ou até mesmo deixe-os inalterados.
"Não dá para operar pensando no médio prazo. O mercado está preso no curtíssimo prazo", disse também à Reuters o operador de uma corretora internacional.
O BC brasileiro realizou nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, a autoridade monetária já rolou o equivalente a US$ 6,762 bilhões, ou cerca de 65% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.
A economia chinesa cresceu em 2015 no ritmo mais fraco em 25 anos, mas os mercados financeiros globais reagiram favoravelmente, sob expectativas de que Pequim combata a desaceleração com novos estímulos.
"Os dados da China apontam para uma desaceleração, mas gradual, que deve ser acompanhada de mais estímulos por parte das autoridades do país", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes, de acordo com a Reuters.
A recuperação dos preços do petróleo, após atingirem as mínimas em 12 anos, também contribuiu para alimentar o apetite por risco. Operadores ressaltaram, porém, que as perspectiva para o mercado brasileiro continuam difíceis, em meio a incertezas sobre o cenário político e econômico local.
Véspera
O dólar fechou em queda na segunda-feira (18), em meio à alta da moeda chinesa e à volatilidade nos preços do petróleo, em um dia marcado por baixo volume de negócios devido ao feriado nos Estados Unidos. A moeda norte-americana caiu 0,29%, vendida a R$ 4,0342. Nas duas primeiras semanas de 2016, a moeda subiu 2,18%.
G1-SP