O dólar comercial fechou nesta sexta-feira em queda, refletindo o dia positivo nas Bolsas americanas e na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
A moeda americana fechou cotada a R$ 1,793 para a venda, com recuo de 0,71%. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo teve queda de 0,52%, vendido a R$ 1,91.
O Banco Central entrou no mercado duas vezes hoje. A primeira vez foi por volta das 12h30, fazendo um leilão de compra de dólares –que teve taxa de corte de R$ 1,7952.
A segunda vez foi por volta das 14h30, quando realizou leilão de contratos de swap cambial reverso. Foram negociados 30.850 contratos, com vencimentos para 1º de abril de 2008, 1º de outubro de 2008, 1º de abril de 2009 e 4 de janeiro de 2010. Com esses contratos, o BC assumiu posição credora do mercado cambial de R$ 1,472 bilhão.
O contrato permite uma troca (“swap”) de riscos entre quem emite e quem toma o papel. Quem emite –o BC– assume o risco cambial, enquanto quem toma fica exposto à variação de juros. O leilão de contratos de “swap” cambial reverso equivale a uma aquisição de moeda no mercado futuro, o que costuma pressionar as cotações da moeda americana.
Porém, os dois movimentos não foram suficientes para fazer a cotação cair. O mercado se manteve tranqüilo com boas notícias corporativas tanto no Brasil e nos Estados Unidos. Tanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) como as Bolsas americanas apontam altas.
O Ibovespa –principal indicador da Bolsa paulista– avança 2,45%, aos 63.227 pontos. Já o Dow Jones ganha 1,21% e o Nasdaq Composite sobe 1,22%.
Os americanos deixaram por hora os temores com a crise do crédito imobiliário de alto risco (“subprime”), especialmente após informação de que um fundo de Cingapura pode fazer aporte de US$ 5 bilhões no banco de investimentos Merrill Lynch.
Outra boa notícia foi o gasto do consumidor americano, que teve crescimento de 1,1% em novembro –maior avanço mensal desde maio de 2004 (quando houve avanço de 1,2%). O resultado ficou acima do 0,7% previsto pelos analistas. Os salários dos consumidores também tiveram aumento, de 0,4%.
No Brasil, a Petrobras anunciou ontem a descoberta de um novo poço na área do Pré-Sal, que está localizado a 280 km da costa do Estado de São Paulo, em lâmina d”água de 2.234 metros. A profundidade do poço, a partir do leito marinho, é de 5.350m. O poço não foi testado por questões operacionais e de logística.
Com a descoberta, as ações da estatal –as mais negociadas da Bovespa– estão com forte alta. As preferenciais ganham 3,53% e as ordinárias 3,16%.
