domingo, 24/11/2024
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Dólar fecha a R$ 1,68, menor cotação dos últimos 2 anos

O dólar caiu a R$ 1,68 nesta sexta-feira, estabelecendo um novo recorde de baixa dos últimos dois anos, com a manutenção da tendência global de desvalorização da moeda americana.

O dólar caiu 0,65%, para R$ 1,681 – menor patamar de fechamento desde 3 de setembro de 2008. No ano, o dólar tem queda de 3,56%.

No exterior, o euro subia 1,1% às 16h30, acima de US$ 1,37. A maioria das moedas tem se fortalecido ante o dólar por causa da expectativa de que o Federal Reserve (FED) terá de adotar mais estímulos para a economia.

Dados sobre confiança, indústria e inflação divulgados nesta sessão reforçaram essa tese. Integrantes do FED, como William Dudley e Charles Evans, também sinalizaram apoio a um aumento da oferta monetária .

Já na China, o índice oficial das fábricas subiu de 51,7 para 53,8 em setembro e a medida das manufaturas feita pelo HSBC mostrou forte alta.

No Brasil, a queda do dólar tem sido facilitada pela ausência de novas medidas do governo contra a valorização do real.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, vêm indicando a possibilidade de compras de dólares pelo Fundo Soberano e mais taxação sobre o capital estrangeiro, mas por ora a política se restringe a dois leilões diários do BC no mercado.

O discurso das autoridades conseguiu sustentar o dólar acima de R$ 1,70 na maior parte de setembro, apesar do expressivo fluxo de dólares pela oferta de ações da Petrobras. Mas, com a proximidade das eleições, o mercado considerou improvável que mais medidas pudessem ser anunciadas e abriu caminho para a queda do dólar.

“Ganhamos uma sobrevida, porque pode ter segundo turno. Isso fez com que o mercado visse que, mesmo rompendo a barreira de R$ 1,70, o governo estava de mão atada”, disse Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do banco Paulista.

Ao longo da semana, profissionais também atribuíram o rompimento do piso de R$ 1,70 a uma antecipação de entradas por conta de um eventual aumento da tributação sobre capital estrangeiro, além da pressão provocada pelas posições vendidas de mais de US$ 16 bilhões dos estrangeiros nos mercados futuros e de cupom cambial (DDI).

Nesta sessão, o volume de operações registradas na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa foi de US$ 2,6 bilhões até poucos minutos antes do fechamento. A média no mês passado era de aproximadamente US$ 3 bilhões.

Reuters News /Terra

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Parmenas Alt
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