O dólar interrompeu uma série de cinco altas consecutivas e encerrou em queda frente ao real , acompanhando os mercados internacionais, em um movimento de ajuste após o acentuado fortalecimento da divisa americana nas últimas semanas.
A moeda dos Estados Unidos fechou em queda de 0,7%, cotada a R$ 2,1272 na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 3,9 bilhões.
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Na sexta-feira, a moeda americana bateu R$ 2,15, encerrando a sessão a R$ 2,1424, maior patamar desde 5 de maio de 2009, levando o Banco Central a intervir no mercado. No mês de maio, o dólar acumulou alta de 7,04% ante o real.
A forte valorização da divisa americana não foi exclusividade do mercado doméstico, uma vez que expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, reduza o ritmo de seu estímulo monetário têm alimentado a perspectiva de menor oferta de dólares nos mercados globais.
Nesta sessão, no entanto, investidores aproveitaram para realizar lucros. Às 17h, a moeda americana perdia 0,86% contra uma cesta de moedas, enquanto o euro subia 0,59%.
Ainda assim, o viés de baixa do dólar era bem menos expressivo no Brasil do que em outros mercados ligados à exportação de commodities. O dólar australiano, por exemplo, ganhava 1,45% frente à divisa dos EUA, enquanto o dólar neozelandês avançava 1,44% contra o dólar americano.
Há sinais, entretanto, de que o BC pode não permitir que o real se deprecie muito mais do que os níveis em que se encontra atualmente.
A autoridade monetária, depois de um mês ausente, atuou no mercado na sexta-feira (31) com a oferta de contratos de swap cambial tradicional —equivalente à venda de dólares no mercado futuro— e a realização de uma nova pesquisa de demanda para a operação após o fechamento do mercado.