De acordo com a fonte, na reunião, foi fechado um acordo para que a estratégia de bloqueio das contas – que visa minar as finanças da facção – ficasse em sigilo, para evitar que os criminosos movimentassem o dinheiro e escapassem do bloqueio.
Como a informação foi divulgada ontem, o governo federal teme que a estratégia perca a eficácia, já que não se espera que o PCC fique imóvel.
Na reunião do GGI, Saulo entregou ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), vinculado ao Ministério da Fazenda, e ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça, uma listagem com 412 contas correntes, de poupança e aplicações financeiras que servem ao crime organizado em São Paulo.
Essas contas estariam no nome de 110 pessoas envolvidas com o crime. Mas o bloqueio das contas não é imediato, exige autorização judicial, que é dada somente após a comprovação de que os titulares estão associados ao crime organizado. Para o Ministério da Justiça, por conta desse espaço entre rastreamento e bloqueio efetivo das contas, a informação sobre a estratégia não poderia ter vazado.