A dívida pública federal aumentou 1,97% em novembro em relação a outubro, alcançando 3,09 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quarta-feira, aproximando-se do piso previsto para o ano.
Em outubro, o Tesouro reafirmou o intervalo de 3,1 trilhões a 3,3 trilhões de reais para a dívida total ao fim de 2016 em revisão do Plano Anual de Financiamento (PAF).
O avanço em novembro foi puxado principalmente pelo crescimento de 1,79% da dívida pública mobiliária interna, a 2,96 trilhões de reais, diante da emissão líquida de 25,3 bilhões de reais e apropriação positiva de juros de 26,84 bilhões de reais.
A dívida externa também contribuiu para esse movimento ao subir 6,18% em novembro em relação ao mês anterior, a 131,24 bilhões de reais, na esteira da valorização do dólar, de 6,18%, maior alta mensal em mais de um ano. O dólar subiu em comparação com o real diante da forte onda de aversão ao risco que varreu os mercados com a eleição americana.
Em relação à composição, os títulos indexados à Selic subiram a 27,81% da dívida total em novembro, pouco acima dos 27,64% de outubro, dentro do intervalo de 27% a 31% que havia sido revisto no PAF. Já os títulos prefixados ficaram em 35,95% do total em novembro, praticamente estáveis em comparação com os 35,91% do mês anterior, também na faixa de 33% a 37% fixada pelo Tesouro como meta.
Os papéis corrigidos pela inflação também seguiram enquadrados no intervalo, de 29% a 33% para 2016, ao fecharem novembro em 31,83%, acima dos 32,25% de outubro. No último mês, a participação dos investidores estrangeiros em títulos da dívida interna recuou a 14,44%. Em outubro, a parcela foi de 14,90%.
(Com Reuters)Veja.Com