Isso tem gerado desconfiança no mercado e elevado os juros e a cotação do dólar.
A dívida pública brasileira segue crescendo e se tornando um dos maiores obstáculos para a recuperação econômica do país. Sob o governo de Lula, a dívida chegou a impressionantes 76% em 2023, saindo de 54% do PIB em 2014. Os dados são do Banco Central.
A situação é ainda mais grave quando comparada com outros países em desenvolvimento. De acordo com o FMI, o Brasil possui a terceira maior dívida pública entre as principais economias emergentes, ficando atrás apenas da Bolívia e da Argentina. Isso tem gerado desconfiança no mercado e elevado os juros e a cotação do dólar.
Embora o Brasil tenha estabilizado a dívida em relação aos anos da pandemia, com uma leve alta de 87,1% para 87,6% do PIB entre 2019 e 2024, a situação ainda é preocupante. O aumento contínuo da dívida, especialmente com a gestão fiscal do governo Lula, é um dos fatores que impede o Brasil de recuperar o grau de investimento e voltar a atrair investidores estrangeiros. “A dívida brasileira está entre as maiores do mundo emergente”, afirmam especialistas que analisam os números de perto. Enquanto isso, países como México, Colômbia e Chile mantêm suas dívidas significativamente mais baixas, em torno de 55% do PIB.
Comparando com países ricos, o Brasil ainda está longe de competir. O G7, que reúne as sete maiores economias do mundo, possui uma média de dívida de 124% do PIB, mas seus níveis de confiança continuam elevados. A situação é bem diferente no Brasil, onde a falta de confiança e os altos juros tornam o pagamento de juros da dívida um fardo pesado para o Estado.
Com informações de Veja.