Agregar valor à produção agrícola por meio da diversificação dos usos é uma lição que o município de Nova Mutum, região norte de Mato Grosso, aprendeu há um tempo. Com 24 anos de emancipação, a cidade possui várias plantas industriais, como, por exemplo, esmagadoras de soja, frigoríficos, fábrica de biodiesel, que absorvem boa parte da produção de soja e milho de Nova Mutum. Durante o Circuito Aprosoja, realizado na noite de sexta (11), no Sindicato Rural, o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, ressaltou que um dos objetivos da entidade é trabalhar para melhorar a rentabilidade dos produtores de soja e milho de Mato Grosso. E segundo Fávaro, uma das formas para gerar renda é ampliar cada vez mais a agregação de valor dos produtos agrícolas por meio da industrialização.
“Durante cinco dias percorremos os principais municípios produtores de grãos localizados ao longo da BR-163 e por onde passamos pudemos conferir o quanto estas cidades estão se desenvolvendo econômica e socialmente por meio da verticalização da produção”, afirmou Fávaro.
O prefeito de Nova Mutum, Lírio Lautenschlager, destacou que o município tem um taxa de crescimento anual aproximada a 13%. E os números impressionam até a China, país com uma das maiores taxas de crescimento no mundo. “E o nosso PIB – Produto Interno Bruto – acompanha a nossa taxa de crescimento. A expectativa é que a cidade continue se desenvolvendo neste ritmo até 2020”, ressaltou o prefeito.
As previsões do gestor de Nova Mutum são baseadas no potencial que a cidade tem de ampliar sua planta industrial. Em poucos dias será anunciada a instalação de mais duas indústrias para processamento de milho e transformação em amido, maltose e álcool para indústria farmacêutica. “Cada uma destas indústrias vai gerar 60 empregos diretos, e junto com elas vão vir mais os empregos indiretos e induzidos”, afirmou Lautenschlager.
“Nova Mutum está em uma localização estratégica, pois possui acesso para o eixo Norte-Sul do país, por meio da BR-163, e pelo eixo Leste-Oeste, por meio das rodovias estaduais MT-235, que dá acesso à BR-242, via Boa Esperança, distrito de Sorriso, e MT-249 que liga à Campo Novo do Parecis”, complementou o prefeito.
O presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro, reforçou que a questão da logística e da infraestrutura de transporte é fundamental para que Nova Mutum e outras cidades do estado possam continuar neste patamar de crescimento. “É por isso que priorizamos dentro da Aprosoja as ações do Movimento Pró-Logística, união de esforços de várias entidades do setor produtiva, na busca alternativas de escoamento da nossa produção, seja por hidrovias, ferrovias e estradas. Seriam necessários R$ 14 bilhões para que as principais obras fossem realizadas, investimento relativamente baixo e que com certeza vai trazer um imenso retorno ao país e ao estado”, reforçou Fávaro.
O vice-presidente Norte da Aprosoja, Naildo Lopes, a entidade tem desempenhado um importante papel dentro deste contexto. “Temos observado que ao longo dos anos, por meio de eventos como o Circuito Aprosoja, os produtores têm tomado consciência da necessidade de união do setor para conseguir buscar soluções comuns para os nossos problemas, e logística é um deles. Além disto, o produtor tem tido mais consciência da necessidade de se preparar para os momentos de crise e de baixa no mercado, fazendo uma reserva de capital e tendo maturidade para planejar os negócios. Nosso objetivo com o Circuito é exatamente ‘plantar’ estas ideias”, finalizou Lopes.
O Circuito Aprosoja é um evento da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e patrocínio das empresas Intacta, Syngenta, Basf, Sicredi e Banco do Brasil.
Diversificação da produção trouxe crescimento acima da média para Nova Mutum
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