A biodiversidade pode ser vista como um recurso e/ou como uma propriedade de vida. A conservação biológica e o uso sustentável dos recursos naturais são importantes para a manutenção da estabilidade global. Nesta última década, a formulação de questões relativas à função da biodiversidade no ecossistema foi intensificada e, com isso, elaborada uma agenda de pesquisa sobre o tema.
A conservação da biodiversidade tem se tornado um objetivo de convenções internacionais, governos nacionais, agências estaduais, organizações não-governamentais (Ong”s), comunidades locais, escolas e indivíduos. A seleção de áreas prioritárias tem sido um grande desafio. A riqueza de espécies e a composição das comunidades são critérios importantes para a conservação, pois fornecem a base para pesquisas relacionadas com a perda global da biodiversidade.
O conhecimento da diversidade biológica da Terra ainda é precário e fragmentado. Diante disso, o Programa de Avaliação Rápida para Biodiversidade (Rapid Assessment Program – “RAP”) foi criado em 1992 pela Conservation International para gerar informações que possam rapidamente catalisar ações de conservação e auxiliar na proteção da biodiversidade de regiões biologicamente prioritárias. A partir de 1995, foi criado o Programa “Aqua-RAP”, destinado a levantamentos rápidos da biodiversidade de ecossistemas aquáticos continentais.
As áreas úmidas são áreas estratégicas para a conservação da biodiversidade, pois são ecossistemas de grande diversidade biológica e produtividade, constituindo o primeiro grande ecossistema objeto de um tratado internacional, a Convenção de Ramsar, elemento central das políticas globais para a conservação desses ecossistemas.
Lecea