Um grupo de 13 dissidentes cubanos ocupou uma igreja católica em Havana para pressionar uma audiência com o papa Bento 16 em sua primeira visita à ilha, entre os próximos dias 26 e 28, para exigir um debate sobre os direitos humanos.
Os opositores ao regime chefiado pelo ditador Raúl Castro entraram na igreja da Nossa Senhora da Caridade do Cobre, padroeira de Cuba, e afirmam que ficarão até a visita do pontífice. Apesar da entrada, não há sinal de policiais na região. A informação foi confirmada por um dos representantes da oposição, Elizardo Sánchez.
"Esperamos um resultado humano. A ocupação foi pacífica".
De acordo com ativistas, o ato foi organizado por um pequeno grupo de oposição, o Partido Democrático 30 de Novembro. Consultado pela agência de notícias Associated Press, o porta-voz do tempo, Orlando Márquez, afirmou que o protesto é um desrespeito a Bento 16 e pediu que o grupo se retire imediatamente.
"Ninguém tem o direito de transformar templos em trincheiras políticas. Ninguém tem o direito de perturbar o espírito de fé que os cubanos e muitos outros cidadãos que olham com alegria e esperança a visita do santo padre", disse.
Márquez acrescentou que os católicos podem ajudar qualquer um que busque sua assistência, mas "não aceitarão tentativas de devaluar a natureza da missão e por em perigo a paz religiosa dos que visitam as igrejas".
Em dezembro, pouco depois do anúncio da visita de Bento 16 à ilha, o ditador cubano, Raúl Castro, perdoou 2.900 presos. Bento 16 celebrará missas nas cidades de Santiago de Cuba e Havana, mas não há programação de encontros com dissidentes.
F.COM