O novo diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, disse que todas as “pressões políticas” podem ser “neutralizadas” pela qualidade das provas. Segundo ele, sua intenção é aperfeiçoar as provas levantadas a partir de investigações. Também rebateu as críticas sobre a existência de uma “banda podre” na PF.
“Pressões políticas se neutralizam com a qualidade das provas”, disse Corrêa, após ser empossado como diretor-geral da PF, em substituição ao delegado Paulo Lacerda, que assumirá a Abin (Agência Brasileira de Inteligência).
Segundo ele, eventuais pressões políticas exercidas por partidos serão respondidas por meio de um trabalho árduo e correto dos policiais federais. “Pressão política a gente rebate com rigor técnico”, disse ele. “Pressões políticas sempre existiram. A Polícia Federal tem de ser imune.”
Banda Podre
Ao ser questionado sobre a existência de uma suposta banda podre na PF, Corrêa reagiu com veemência: “Não admito a existência de uma banda podre na Polícia Federal”.
Exatamente como disse no seu discurso de posse, o novo diretor rechaçou a existência de grupos ou facções dentro da PF –algo sempre criticado e comentado nos bastidores. “Se tem disputas de grupos, as indicações [feitas hoje] passam ao largo disso”, afirmou.
Corrêa evitou criticar seu antecessor, optando por elogiá-lo. Reafirmou que pretende manter o ritmo de operações policiais, mas disse que algumas alterações serão realizadas. Por orientação do ministro da Justiça, Tarso Genro, a PF passará a preservar mais os denunciados investigados.
“O destaque não deve ser a imagem, mas o conteúdo”, afirmou Corrêa.
Novos diretores
Ao tomar posse nesta segunda-feira, Corrêa anunciou os novos diretores da PF. Os sete novos diretores são: Romero Menezes, na diretoria-executiva; Roberto Troncon Filho, na diretoria de Combate ao Crime Organizado; Daniel Azevedo, na diretoria de Inteligência Policial; Joaquim Mesquita, na diretoria de Logística Policial; Luiz Pontel Souza, na diretoria de Pessoal; Paulo Roberto Facundes, na diretoria Técnica-Científica; Rômulo Menezes, que será chefe de gabinete do diretor-geral.
F.On
