A proposta diz que os países ricos devem ser responsáveis por 80% dos cortes globais das emissões.
O documento, que pode servir de base para um acordo político na reunião da ONU, sugere que o mundo adote 2020 como o ano em que as emissões atingirão seu auge.
Mas a proposta não especifica metas intermediárias para os países desenvolvidos, como querem as nações mais pobres. Pela iniciativa dinamarquesa, seriam feitos esforços para que o aquecimento global médio se limite a 2 graus Celsius.
“As partes deveriam se unir construtivamente para fortalecer a capacidade mundial para combater a mudança climática”, disse o texto.
Há um quase consenso de que não há mais tempo hábil para que a reunião de 7 a 18 de dezembro resulte em um novo tratado climático de cumprimento obrigatório, já que não houve acordo entre países ricos e pobres sobre quanto cada um deve reduzir nas suas emissões e quem pagará a conta pela mitigação e adaptação à mudança climática.
A expectativa agora é que a reunião da ONU sirva para definir um acordo político que no futuro servirá de base para um novo tratado, possivelmente em 2010.
A proposta dinamarquesa deve ser mal recebida pelos países em desenvolvimento, que reivindicam uma ajuda de dezenas de bilhões de dólares por ano para o combate à mudança climática.
Países desenvolvidos, como Grã-Bretanha e França, já ofereceram a criação de um Fundo de Lançamento de Copenhague que atingiria US$ 10 bilhões por ano. Os países em desenvolvimento aceitam isso apenas como “financiamento interino”, mas afirmam que talvez fossem necessários até US$ 300 bilhões.
U.Seg