quinta-feira, 21/11/2024
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Diminuem analfabetos nas microempresas

O número de trabalhadores analfabetos empregados nas micros e pequenas empresas diminuiu 46% (de 122.213 para 66.048) entre 2001 e 2005, segundo estudo divulgado neste dia 28, pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o relatório também aponta melhora no grau de escolarização desses trabalhadores.

Entre os setores de serviços, comércio, indústria e construção civil, o destaque ficou com as empresas do comércio. Em 2001, as microempresas desse setor registravam a presença de 14.479 empregados analfabetos, mas, em 2005, o número caiu para menos da metade: 5.569. Nos serviços, caiu 39% (de 22.148 para 13.504); na indústria, 40,5% (de 13.605 para 8.100); e na construção civil, 35,4% (de 6.684 para 4.316).

Essa redução também se repetiu nas pequenas empresas. O número de pessoas analfabetas empregadas no setor de comércio caiu de 60%, de 13.023 pessoas (2001) para 5.187 (2005). Nos serviços, diminuiu 48,4% (de 22.545 para 11.638); na indústria, 39,4% (de 19.819 para 12.015); e na construção civil, 42,3% (de 9.910 para 5.719).

Segundo o Sebrae, foram cruzados dados de 5.916.369 milhões de empregados de microempresas e 6.699.291 de empregados de pequenas empresas. Para o gerente de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional, Pio Cortizo, o aumento na escolarização é uma resposta às exigências do mercado.

“Cada vez mais as empresas estão tendo a necessidade de se tornarem mais competitivas frente à concorrência e, para isso, é necessário ter empregados mais qualificados que saibam, por exemplo, lidar com novas tecnologias”, disse Cortizo.

Nas microempresas, 42% dos empregados no comércio completaram o ensino médio. Nos serviços, 35% têm esse nível de escolaridade. Na indústria, predomina o ensino fundamental (41%), contra 27% com ensino médio. Na construção, a situação é parecida, com 45% com ensino fundamental .

Já na pequena empresa, o estudo constatou que 41% dos trabalhadores do setor de serviços tinham o ensino médio e 25% o ensino superior em 2005. No Comércio, predominava o ensino médio, com 43%. Na indústria e construção civil, 39% e 41%, respectivamente, estavam no ensino fundamental.

Mulheres
Apesar de o homem ainda ocupar a maior parte das vagas de trabalho nas micro e pequenas empresas, o estudo divulgado pelo Sebrae mostra que a mulher vem ganhando gradativamente espaço maior no mercado de trabalho.

Entre 2001 e 2005, houve um crescimento de 23,5% na participação das mulheres nas microempresas, contra 16% dos homens.

Nas microempresas, o crescimento mais significativo ocorreu no comércio, com um aumento de 31% na participação feminina. No setor industrial e de serviços, as taxas foram de 20% e 19%, respectivamente. Na construção civil, no entanto, o emprego feminino apresentou queda de 6%.

Já os homens apresentaram taxa de crescimento de 23% no comércio, contra 13% tanto para o setor industrial quanto para o de serviços. Na construção civil, o emprego masculino teve um desempenho melhor do que o verificado entre as mulheres e cresceu 2% no período analisado.

Nas pequenas empresas, o crescimento das mulheres também superou o dos homens, com taxas de 28,7% e 20,5%, respectivamente. O comércio apresentou a maior ampliação, com 42%, contra 31% dos homens. Nos demais setores, as taxas foram as mesmas verificadas nas microempresas.

Salários
Em 2005, a maior remuneração média na microempresa aparece no setor da construção civil com R$ 675, seguido pelos serviços (R$ 668), indústria (R$ 663) e comércio (R$ 537). Já na pequena empresa, os salários se mantinham um pouco mais elevados, com R$ 985 (serviços), R$ 883 (indústria), R$ 938 (construção civil) e R$ 695 (comércio).

O estudo também aponta que, em 2005, havia uma concentração do total dos empregos no interior, com participação de 61%, contra 39% nas capitais. No interior, as microempresas cresceram 38% entre 2001 e 2005, contra um decréscimo de 6% nas capitais. Nas pequenas empresas, o emprego nas capitais cresceu 27% e no interior 21%.

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Parmenas Alt
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