No final deste mês, a presidente Dilma Rousseff inaugura, em Cuba, o Porto de Mariel com financiamento de US$ 682,15 milhões do BNDES. O valor representa uma média anual de US$ 227,4 milhões, o seja, 15 vezes mais do que o país aplicou em terminais brasileiros, em 2013, informa a revista Veja, na edição do último dia 4. Enquanto Havana recebe investimentos bilionários brasileiros, os produtores rurais daqui, por exemplo, deverão amargar perdas de 22% da safra de 55 milhões de toneladas de soja prevista para 2014. As causas dos prejuízos são a ineficiência e gargalos dos portos brasileiros, as péssimas condições das rodovias e insuficiência da infraestrutura de armazenamento de grãos. O cenário se repete a cada ano. Filas intermináveis de caminhões nas imediações dos portos, gastos excessivos com a burocracia, cargas se deteriorando entre os buracos das rodovias, grãos expostos ao tempo por falta de armazéns. Os investimentos em Cuba chegam a ser um insulto aos contribuintes brasileiros. Principalmente se levarmos em conta que apenas 7% dos 218 milhões de dólares (ou 15,5 milhões de dólares) previstos para serem aplicados nos terminais brasileiros, em 2013, foram gastos. Diante do absurdo que representam os investimentos brasileiros em Cuba (é importante lembrar que o Porto de Mariel terá capacidade 30% superior à do Porto de Suape, o principal do nordeste brasileiro), a liderança da Minoria na Câmara dos Deputados manifesta seu repúdio pela forma irresponsável com que o atual governo vem gastando o dinheiro arrecadado do cidadão. Deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), líder da Minoria na Câmara Federal. |
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