quinta-feira, 21/11/2024
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Diabéticos impotentes são mais propensos a doenças cardíacas

Homens diabéticos que sofrem de disfunção erétil podem correr mais riscos de desenvolver doenças cardíacas, sugere um estudo realizado na Universidade de Hong Kong, na China.

Os cientistas constataram que diabéticos com problemas para obter uma ereção do pênis eram duas vezes mais propensos a desenvolver problemas no coração.

Na raiz dos dois problemas –impotência e problemas cardíacos– estariam danos nos vasos sangüíneos provocados pelo alto nível de açúcar no sangue.

Para realizar a pesquisa, a equipe recrutou 2.300 homens diabéticos –cerca de 25% deles sofriam de disfunção erétil e nenhum tinha histórico de doenças cardíacas.

A equipe avaliou os participantes durante um período de quatro anos e os resultados revelam que 123 dos homens apresentaram problemas cardíacos: alguns sofreram ataques cardíacos, outros morreram por doenças do coração, desenvolveram dores no peito por conta de artérias bloqueadas ou precisaram de marcapasso ou cateterismo.

De acordo com o estudo, os homens que apresentavam disfunção erétil corriam duas vezes mais risco de entrar para este grupo do que aqueles com um desempenho sexual normal.

Alerta

“O desenvolvimento da disfunção erétil deve alertar os pacientes e os especialistas em doenças do coração sobre o risco de desenvolver doenças cardíacas”, disse Peter Chun-Yip Tong, que liderou o estudo, publicado na edição desta semana da revista científica “Journal of the American College of Cardiology”.

Segundo ele, o alto nível de açúcar no sangue pode causar inflamação na superfície interna das artérias –o que poderia levar à arteriosclerose e a problemas no tecido arterial do coração e das artérias que levam o sangue ao pênis.

Para Robert Kloner, professor de medicina na Keck School, na Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos, a pesquisa realizada na China é “importante”.

“Os homens devem saber que a disfunção erétil é um alerta verdadeiro para o desenvolvimento de doenças cardíacas arterioscleróticas”, disse Kloner.

Tratamento

Em um segundo estudo, realizado em quatro centros médicos na Itália, os resultados da pesquisa realizada em Hong Kong foram reforçados.

O estudo italiano analisou 300 pacientes que sofriam de diabetes e apresentavam doenças cardíacas em estágio inicial, dos quais 118 sofriam de disfunção erétil.

Depois de quatro anos de avaliação, os cientistas italianos identificaram que os voluntários com disfunção erétil corriam duas vezes mais risco de sofrer “um grave problema cardíaco”, como um ataque ou infarto.

Um porta-voz da British Heart Foundation (BHF), fundação dedicada à pesquisa de doenças cardíacas, afirmou que homens que sofrem de disfunção erétil devem procurar um médico.

“Infelizmente, muitos homens com disfunção erétil ignoram o problema e não procuram ajuda e apoio. Identificar e reportar a disfunção pode ajudá-los a ter acesso a exames e tratamentos que irão diminuir os riscos de terem um ataque cardíaco ou um infarto”, aconselhou o porta-voz.

F.SP

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Parmenas Alt
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