Estatísticas apontam haver cerca de 12 milhões de árabes e seus descendentes
no Brasil. Em Cuiabá, os números contabilizam cerca de 20 mil pessoas
mantendo viva sua cultura e suas práticas religiosas. A partir do próximo, o
dia 25 de março será marcado como data exclusiva para celebrar as tradições
árabes em Mato Grosso. Esta garantia foi consolidada por intermédio da lei
n° 9.411/10, de autoria do presidente da Assembleia Legislativa, deputado
José Riva (PP), publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) em 07 de julho
deste ano.
Em reconhecimento ao povo àrabe, a lei do parlamentar está sustentada pela
Lei Federal n°. 11.764, de 5 de agosto de 2008, que coincide com o Dia
Nacional e integra o calendário oficial do Brasil.
A época da apresentação do projeto, Riva argumentara a importância da
comunidade árabe para o cenário econômico, cultural, comercial e
desenvolvimento do Estado. “Foram eles que inovaram o comércio inventando
novas formas de vendas a crédito e o cheque”, dissera Riva.
Árabe significa deserto, aridez, seco. Os árabes são chamados também de
beduínos (errantes), povos nômades que andavam com seus camelos carregados
de mercadorias comercializando pelo deserto.
Em Mato Grosso, as informações dão conta de que as primeiras famílias de
sírios e libaneses chegaram a Capital por volta de 1920 devido ao comércio
fluvial vindo de São Paulo. Desembarcavam mercadorias no “porto” de Cuiabá,
onde é atualmente a ponte que liga Cuiabá e Várzea Grande. Instalaram-se,
primeiramente, ali os que possuíam capital. O comércio nas terras cuiabanas
girava em torno de secos e molhados passando, mais tarde, a diversificar o
leque de produtos.
De acordo com Riva, os árabes abriram no atual centro de Cuiabá “o
quadrilátero comercial árabe”, compreendendo a Avenida Getulio Vargas; 13 de
junho; Generoso Ponce e Galdino Pimentel.