O lançamento da Campanha Nacional de Combate ao Aedes aegypti  2016/2017, em Cuiabá, nesta sexta-feira (2), terá a entrega de 1 veículo, vistoria em  2.430 imóveis e panfletagem com orientações sobre as formas de controle e prevenção para a população. A mobilização está marcada para as 13 horas, no bairro Três Barras.
 
O ministro da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU),  Torquato Lorena Jardim segundo a Coordenação Estadual da Sala de Comando e Combate ao Mosquito Aedes Aegypti, estará em Cuiabá e, entre seus compromissos, fará a entrega de veículos para os municípios de Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande e Sinop.
 
A coordenadora da Vigilância em Zoonoses, Alessandra Carvalho, explicou que com a chegada do verão é preciso intensificar a atuação contra o mosquito transmissor da dengue, vírus Zika e febre chikungunya. A população precisa ser informada e conscientizada para a gravidade da situação e, para isso, será realizada a ação de mobilização em locais onde foram verificados altos índices de infestação predial (IIP).
A mobilização nacional foi convocada pelo  Ministro da Saúde, Ricardo Barros na última  terça-feira (29), por meio de videoconferência, na Sala Nacional de Coordenação e Controle, em Brasília. Governo federal, Estados, municípios e a população irão realizar   ações integradas e simultâneas.
Como no ano passado, em todo o pais, ministros de Estado, Forças Armadas, agentes de saúde e da Defesa Civil, além de outras autoridades, visitarão residências, escolas, órgãos públicos, canteiros de obras e outros locais para conscientizar a população sobre a importância do engajamento de todos na luta contra o Aedes aegypti. 
 
Campanha
 
 
Para fortalecer as ações, o Ministério da Saúde lançou no ultimo dia 24 de novembro uma nova campanha de conscientização que chama a atenção para as consequências  causadas pela chikungunya, zika e dengue, mostrando a  importância de eliminar os focos do Aedes aegypti.
Com a frase Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar, a campanha  está sendo veiculada nas TVs, rádios, internet, redes sociais e mobiliários urbanos (ponto de ônibus, outdoor e outros). A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências de não ter feito esse gesto.
 
Ações
A coordenadora da Vigilância em Zoonoses disse que em Cuiabá, a mobilização reunirá representantes dos governos, federal, estadual e municipal. Serão  200 militares do Exército Brasileiro, 60 integrantes da Defesa Civil (entre agentes e voluntários), e 80 Agentes de Combate a Endemias (ACE&rsquoS) da Prefeitura de Cuiabá e 10 voluntários do Instituto Brasileiro de Defesa Ambiental, Ecológica e Família (Ibemo).
Além de ações pontuais como essa, o  município realiza ações de rotina. O programa municipal de combate ao Aedes aegypti em Cuiabá conta com a ação de 320 Agentes de Combate a Endemias  (ACE) que realizam atividades de combate a dengue, conforme as diretrizes do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) do Ministério da Saúde, explicou Alessandra Carvalho.
Esses agentes fazem vistorias, tratamento e eliminação de possíveis criadouros nos imóveis de janeiro a dezembro. Em 2015 foram realizadas  1.549.230 visitas domiciliares e neste ano, até o mês de setembro, foram 1.127.530 visitas.
Outra ação prevista no programa municipal é o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti  (LIRAa), onde é pesquisado o índice larvário do vetor .Em 2016 foram realizados 4 (quatro) levantamentos e os resultados demonstram que o maior problema está nos reservatórios no baixo e no lixo domiciliar. No município os índices demonstram uma situação de Alto Risco.
De 04 a 08 de janeiro o Índice de Infestação Predial (IIP) foi de 11,3% caracterizando situação de Alto Risco com predominância de criadouros em caixa no baixo (50,8%) e lixo domiciliar (28,8%).  O segundo levantamento feito entre os dias 18 a 20 de abril  mostrou que o Índice de Infestação Predial (IIP)  naquele período era de 4,6 % caracterizando também situação de Alto Risco com predominância de criadouros em caixa no baixo (60,1%) e lixo domiciliar (24,0%).
O terceiro levantamento foi feito entre os dias 05 a 9 de setembro quando o Índice de Infestação Predial (IIP) foi de 4,5 %, continuando uma situação de Alto Risco com predominância de criadouros nos mesmos locais,  ou seja, reservatórios no  baixo (73,5%) e lixo domiciliar (14,0%).
O último levantamento, feito  entre os dias 31 de outubro a 04  de novembro, constatou  Índice de Infestação Predial (IIP) de 6,5 % também  situação de Alto Risco e com  predominância de criadouros em caixa no baixo (60,6%) e lixo domiciliar (25,7%).
Além das vistorias de rotina nas residências, os ACE&rsquos quinzenalmente visitam e monitoram pontos considerados  estratégicos  como cemitérios, borracharias,  oficinas e região no entorno desses locais. Nesses locais, onde existe notificação dos casos suspeitos de dengue, zika e  febre do chikungunya  são feitas pulverizações e tratamento de criadouros não removíveis com produto químico.  
 
Todas essas situações são informadas as secretarias municipais já que a  intersetorialidade das ações de controle e prevenção são fundamentais para que possamos obter melhores resultados, salientou Alessandra Carvalho.
 
Assim após as vistorias pelos ACE&rsquos as informações sobre os imóveis em condições de riscos pela presença de criadouros do mosquito são informados as Secretarias de Ordem Pública, Serviços Urbanos e de Meio Ambiente.
 
Além das ações que já são realizadas pelo poder publico, se todos estiverem engajados em limpar seus quintais poderemos diminuir a presença dos mosquitos e assim reduzirmos o numero de pacientes com essas doenças. Por isso insistimos nessas ações, que devem ser adotadas por  todos.