Detento de 25 anos morre em cela do Raio 3 na PEC

O detento Clebson Souza Santos, de 25 anos, morreu na madrugada de quinta-feira dentro da cela 5, do Raio 3, da Penitenciária Central do Estado, após ter sido obrigado a ingerir o chamado “coquetel da morte”, uma mistura de bebida alcoólica com cocaína provocando overdose de entorpecentes. O crime teria ocorrido no início da madrugada e foi descoberto após um dos presos acionar os agentes de plantão. 



Quando eles chegaram ao local, o preso apresentava sangramento facial e enrijecimento do corpo. O Samu chegou a ser acionado, mas os socorristas constaram o óbito. 



O exame de necropsia aponta para causa indeterminada, uma vez que não havia lesões externas. Exames complementares poderão confirmar a suspeita de overdose. Policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa estiveram no local para fazer a liberação do cadáver. 



Na cela, mais de 40 presos, mas ninguém soube explicar o que ocorreu. Eles se limitaram a informar que o detento começou a passar mal. 



Clebson estava preso desde março de 2011, acusado de roubar uma motocicleta e pedir resgate para devolvê-la. A prisão ocorreu no Jardim Esmeralda, em Várzea Grande, onde ele reside. Na ocasião, além de recuperar a moto, policiais militares detiveram um adolescente que portava um revólver calibre 38. 



Os policiais não destacam a hipótese do crime ter sido encomendado pelo Comando Vermelho de Mato Grosso, uma vez que se tornou uma prática matar com a mistura de álcool, droga e energético provocando overdose. 



Como punição para agressão entre “irmãos”, “derramar sangue inocente” e “pilantragem”, prevê-se sentença de morte através da ingestão voluntária ou forçosa do coquetel. 



As investigações apontam que dois detentos da Cadeia Pública do Carumbé morreram de overdose provocada pela “mistura da morte”, em setembro do ano passado.