Devido às constantes chuvas que tem caído na baixada cuiabana se tornou mais evidente os problemas causados por desvios irregulares no entorno do Rio Cuiabá. Esta modificação na trajetória do rio provoca enchentes no bolsão de água que se represa com a chuva que, sem a drenagem natural, invade as proximidades.
Com 08 anos de fundação, o parque fabril da empresa fabricante de móveis de aço Prol, que fica situada em Várzea Grande na estrada da Guarita, próximo ao bairro Figueirinha, tem vivenciado problemas constantes por conta dos alagamentos provocados por um canal irregular que fica a cerca de 50 metros da indústria.
Nesta semana, grande parte dos setores administrativos e a área industrial foram alagadas pela água. Além dos prejuízos materiais, a preocupação se estende à saúde dos funcionários que tem de enfrentar continuamente este problema, já que junto com a lama são trazidos para o ambiente de trabalho entulhos e sujeira.
De acordo com o diretor da Prol, Heitor Trentin, mesmo tendo tomado todas as ações cabíveis junto aos órgãos competentes para evitar este transtorno, a situação só piora. “Além do prejuízo financeiro com a perda de vários equipamentos, existe a indignação com o descaso das autoridades, já que este problema já foi denunciado e persiste ao longo dos anos.”
Conforme cita o empresário, as Secretarias de Meio Ambiente e de Infra Estrutura de Várzea Grande, assim como as Procuradorias responsáveis por questões ambientais estão cientes da situação e já foram acionadas diversas vezes, sem sucesso.
O Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas de Manutenção Industrial e de Material Elétrico de Mato Grosso (SINDIMEC), tem verificado maneiras de auxiliar na resolução deste problema que vem trazendo impactos negativos para a Prol Móveis de Aço e associados, além de outras empresas que estão no entorno. Fernando Kuzai, Presidente do SINDIMEC, informou que o sindicato tem acompanhado o processo com atenção. “É importante que este assunto seja resolvido com rapidez para que os responsáveis por esta desordem ambiental sejam punidos e a empresa continue funcionando normalmente.”