Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta segunda-feira revelam que o ritmo de desmatamento da Amazônia subiu 133% em agosto. O cálculo, feito por meio de imagens de satélites, indica que nesse mês foram destruídos 756,7 quilômetros quadrados de floresta, área equivalente à metade do município de São Paulo. Em julho, o instituto registrou 323,9 km² de florestas derrubadas.
Mato Grosso teve um aumento considerável de sete vezes a área de desmate em relação ao mês passado. Em julho foram 32,7 km² desmatados e, em agosto, 229 km². Em primeiro lugar continua o Pará como o Estado que mais desmata, com 435 km² de desmatamento. Rondônia foi o terceiro, onde a floresta perdeu 30 km².
A medição foi realizada pelo sistema Deter (Detecção de Desmatamento em Tempo Real), que identifica apenas as áreas desmatadas ou degradadas que tenham área maior que 2.500 m². Devido à cobertura de nuvens, nem todos os desmatamentos são detectados.
Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o crescimento do ritmo de desmatamento é ainda maior, atingindo 229%. Em agosto de 2007, o Inpe registrou 230,2 km² de áreas devastadas.
Estatísticas
Apesar de registrar grande diferença em relação ao mês de julho, o desmatamento registrado em agosto mantém a média dos últimos 12 meses, período em que 8.673 km² de florestas foram derrubados na Amazônia.
Em comparação com os 12 meses anteriores, o desmatamento cresceu 83%, pois entre setembro de 2006 a agosto de 2007 os satélites registraram 4.731 km² de área desmatada.
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