A investigação do desaparecimento de uma criança levou a polícia do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais à descoberta de uma rede de aliciamento de menores para prostituição com ramificações em todo o País. A quadrilha costuma capturar suas vítimas nos Estados do Sul, falsificar documentos em Minas Gerais, e levá-las para o Sudeste e o Nordeste.
O primeiro caso foi encerrado hoje, com a devolução à família, em Gravataí (RS), de uma garota de 12 anos encontrada em Delta (MG). Ela estava desaparecida desde o dia 10 de fevereiro. As investigações se encaminharam para o Triângulo Mineiro. Ao trocarem informações, os policiais dos dois Estados descobriram que a menina havia sido encaminhada ao Conselho Tutelar de Delta depois de um casal ter tentado registrá-la com nome falso em Minas Gerais.
Os agentes gaúchos viajaram ao Sudeste para buscar a criança. Na volta para o Sul, também conduziram o casal, preso pelos policiais mineiros, para interrogatório. Os dois, identificados como Adão e Sandra, confessaram que participavam da organização criminosa como transportadores dos menores, ao preço de R$ 600 por viagem.
A próxima etapa da investigação é descobrir o paradeiro de outra menina desaparecida em Gravataí, em 10 de maio do ano passado, e todas as ramificações da quadrilha. A polícia pretende pedir à Justiça a prisão preventiva de mais quatro pessoas, duas residentes em Gravataí e duas em Uberaba.
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