domingo, 22/12/2024
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Deputados Formam comissão que vão trabalhar para solucionar calamidade na Saúde

Buscar saídas para solucionar a calamidade na saúde pública, principalmente em Cuiabá. Para isso, foi formada na Audiência Pública realizada na Assembléia Legislativa que formou-se uma comissão que terá a missão de sentar à mesa para discutir melhorias no atendimento com os prefeitos de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB); de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR); e o governador Blairo Maggi (PR). Proposta pelo deputado Percival Muniz, a comissão, que será presidida pelo médico Gabriel Novis Neves, será composta por deputados, vereadores, sindicatos dos médicos e de outros profissionais da saúde e associação de moradores.

“A audiência cumpriu bem com o seu papel. Tocou o dedo na ferida, chamou a atenção para a grave situação – que vai bem além dos salários precários – e apontou um caminho para se buscar a saída”, avaliou Percival, acrescentando que a comissão, liderada por uma pessoa da mais alta credibilidade, que é o médico Gabriel Novis Neves, contribuirá para se negociar e, com isso, a população poderá ter, o mais breve possível, uma perspectiva do atendimento mais digno e os profissionais de saúde melhores condições de trabalho e salários.

“Vamos colocar todos que estão brigando por uma saúde melhor numa mesma mesa e, além de contribuir para solucionar o atual impasse entre a Prefeitura de Cuiabá e os médicos, vamos também ajudar a melhorar a saúde pública na baixada cuiabana, bem como no Estado”, destacou Muniz.

O médico Gabriel Novis Neves disse que saiu revitalizado da audiência. “Vim para um funeral da saúde pública, mas saio daqui com um novo ânimo para buscar soluções à crise generalizada da saúde. Pois esta audiência, corajosamente convocada pelo deputado Percival Muniz, foi importante para o grito de alerta e, consequentemente, a união em busca de soluções”, ressaltou, acrescentando que somente a Santa Casa de Misericórdia de Campo Grande tem mais leitos que toda rede hospitalar de Cuiabá.

Animado com uma nova perspectiva de negociação, o presidente do Sindicato dos Médicos, Luis Alvarenga, afirmou que a audiência já mostrou uma luz no fim do túnel. “Nós queremos o diálogo, melhores condições de trabalho, salários dignos e respeito. Acreditamos que a comissão ajudará abrir os canais de conversações”, destacou ele, que teve sua fala na audiência reforçada por médicos cirurgiões que demonstraram, através de fotos, as péssimas condições em que se encontra o Hospital Municipal e Pronto Socorro de Cuiabá.

Representando o secretário municipal de Saúde, Luiz Soares, o diretor de Vigilância em Saúde e Ambiente, Wagner Símplicio, destacou que a saúde pública carece de grandes investimentos para prestar atendimento digno à população. “Necessitamos de investimento de R$ 1 bilhão, que poderá ser investido na melhoria do atendimento e ampliação da rede na Capital, bem como no interior”. Além disso, defendeu que os profissionais busquem um Plano de Cargos e Salários específico à Saúde.

Já o superintende de Atenção Básica da Secretaria Estadual de Saúde, Paulo Araújo, que representou o secretário Agostinho Moro, informou que os repasses anuais do Estado à Capital são de R$ 35 milhões e que a conclusão do Hospital Metropolitano do Cristo Rei, em Várzea Grande, contribuirá para o atendimento de casos de urgência e emergência na baixada cuiabana.

A secretária municipal de Saúde e Várzea Grande, Jaqueline Guimarães, assinalou sobre a necessidade de se buscar mais recursos para investimentos e argumentou que a construção do Hospital Metropolitano não será suficiente para o atendimento dos casos de urgência e emergência. Sobre a greve dos médicos, ela salientou que acredita que deve haver um desfecho em breve, pois as negociações estão bem avançadas.

Demissões – Em Cuiabá, os cirurgiões já anunciaram que vão deixar os postos a partir de terça-feira, dia 1º. “Nessa data, o Box de Emergência do Pronto Socorro não terá mais nenhum cirurgião trabalhando, pois pediram demissão diante do caos e os salários precários. A audiência apontou o caminho para facilitar o diálogo aqui em Cuiabá, assim como ocorre em Várzea Grande”, enfatizou Alvarenga.

O promotor da Defesa da Cidadania, Alexandre Guedes, revelou que o Ministério Público não está omisso diante da situação de caos que pode se abater sobre a população com a demissão dos cirurgiões. “Já enviamos um documento à prefeitura questionando quais as medidas que serão tomadas caso ocorra saída dos médicos, bem como sobre a reforma do Pronto Socorro”. O prazo dado para resposta é de dez dias.

Participaram, também, da audiência: representante da Defensoria Pública, Daniele Dorileo; o presidente da Femab (Federação Estadual de Associação de Moradores), Valter Arruda; o vereador Lúdio Cabral (PT); e os deputados Wallace Guimarães, Antônio Azambuja (PP), Wilma Moreira (PSB), Wagner Ramos (PR) e J. Barreto (PR).

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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