Está se intensificando na Câmara o debate sobre reajuste salarial dos deputados federais, que poderá ser equiparado aos vencimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje fixados em R$ 24,5 mil – teto máximo para o funcionalismo público e que representaria um aumento superior a 90%, que passaria a valer a partir da próxima legislatura.
A proposta de atingir o salário do STF foi confirmada ontem pelo presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a bancada do PT, a segunda maior da Câmara, vai defender um aumento de aproximadamente 30% dos vencimentos, que subiriam dos atuais R$ 12.847 (estabelecidos em 2002) para cerca de R$ 16,7 mil.
“Somos contra a equiparação com o Supremo, mas deve haver uma reposição justa. Não podemos ser hipócritas”, afirmou à Folha o líder do PT na Casa, Henrique Fontana (RS).
Caberá à Mesa diretora da Câmara decidir sobre o reajuste. Dono de uma bancada de 81 parlamentares, o PT tem grandes possibilidades de ver a proposta aprovada.
Caso os deputados federais recebam de fato o reajuste, esse aumento terá impacto não apenas nas contas da Câmara, mas das assembléias legislativas de todo o País. O deputado estadual pode receber até 75% do salário do federal, enquanto os vencimentos dos vereadores são influenciados pelos ganhos dos deputados federais.
Redação Terra