Os deputados estaduais Ondanir Bortolini (PSD), o Nininho, Romoaldo Júnior (MDB), Zé Domingos (PSD), Baiano Filho (PSDB) e o secretário estadual de Cidades, Wilson Santos (PSDB), devem depor ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), sobre o esquema de desvio de verba público do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT).
Os depoimentos, segundo o Ministério Público Estadual, devem ocorrer entre os dias 2 de 4 de abril.
Além dos parlamentares e do secretário, devem ser ouvidos o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Corrêa e outras testemunhas.
Ao todo, 12 pessoas devem depor ao Gaeco.
Os deputados e o secretário serão que serão ouvidos são investigados na Operação Bereré, que apura desvio de verba pública do Detran.
A organização teria fraudado uma licitação e abriu uma empresa fantasma para acobertar o esquema, segundo a denúncia.
Além deles, também são investigados e apontados pelo MPE como chefes do esquema os deputados Mauro Savi (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (PSDB). Os dois negam as acusações. O G1 tenta contato com a defesa dos outros citados.
Operação Bereré
A Operação Bereré cumpriu mandados em Cuiabá, Sorriso, a 420 km de Cuiabá, e Brasília, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Civil, contra desvio de verba do Detran.
Foram cumpridos mandados na casa de Eduardo Botelho, na casa e no gabinete do deputado Mauro Savi, na casa do ex-deputado federal Pedro Henry e nas casas de servidores públicos e empresários.
O esquema é investigado pela Delegacia Especializada em Crimes Contra a Administração Pública e Ordem Tributária (Defaz) em conjunto com o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco).