Em apenas três meses, os oito deputados federais de Mato Grosso usaram R$ 619,4 mil em recursos públicos para bancar suas atividades parlamentares, a extinta verba indenizatória e, hoje, batizada como conta parlamentar.
Segundo o Portal Transparência da Câmara Federal, o deputado que mais usou essa cota foi Victório Galli (PSL), que tem inclusive um projeto que prevê reduzir o valor da verba em 40%. Mas, de janeiro ao início de abril deste ano, Galli torrou aproximadamente R$ 113, 5 mil, sendo que quase 90% deste valor foram com a divulgação com atividade parlamentar (R$ 96,4 mil).
Já o deputado Carlos Bezerra (MDB) ficou com a segunda colocação na lista dos parlamentares mais “gastões” do Estado. O emedebista utilizou R$ 96,9 mil no primeiro trimestre de 2018, assim como Galli, com atividade parlamentar. Porém, durante o recesso branco, período que o político não precisa ir ao Congresso, Bezerra utilizou R$ 50 mil apenas com a divulgação do seu mandato.
O restante do valor foi para quitar combustíveis, viagens e despesas como telefone e serviços postais.
Na terceira posição está Fábio Garcia, presidente do DEM em Mato Grosso. Nestes primeiros meses deste ano, o deputado usou R$ 84,2 mil de sua cota, sendo que o maior valor foi destinado para divulgação parlamentar (R$ 19,5 mil). Ainda de acordo com o portal da Câmara, o deputado também teve gastos com fretamento de aeronave, passagens áreas e combustível.
Nilson Leitão (PSDB) é o quarto da lista com gastos da atividade parlamentar no montante de R$ 83,8 mil. Os valores estão divididos em manutenção de escritório de apoio, passagens áreas e fretamento de aeronave.
O deputado federal Valtenir Pereira usou R$ 69,4 mil para manter seu escritório de apoio, combustível, bilhetes aéreos, além de consultoria.
O petista Ságuas Moraes também utilizou sua cota para pagar viagens, locar veículos e divulgar sua atividade parlamentar.
O penúltimo colocado da lista é o suplente de deputado Xuxu Dalmolin (PSC). Apesar de estar no fim da lista do que menos gastou, o político que ficou apenas dois meses, este ano, na vaga de Adilton Sachetti (PRB), torrou R$ 62,3 mil com locação aeronave e consultoria. O dono do cargo, que retornou em março utilizou até o momento, apenas R$ 4 mil.
Ezequiel Fonseca (PP) gastou em três meses cerca R$ 38 mil, valor bem abaixo do primeiro colocado Victório Galli. O progressista usou o dinheiro, em sua maior parte, para patrocinar atividade parlamentar.
Matéria do RepórterMT