O recesso parlamentar do Congresso Nacional terá início somente na quarta-feira, mas na prática a maioria dos 513 deputados já entrou de férias. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), convocou sessão deliberativa para amanhã com o objetivo de colocar em votação uma medida provisória que tranca a pauta da Casa. Mas a expectativa é que poucos deputados retornem a Brasília para o último dia de trabalhos antes do recesso.
Chinaglia enviou telegramas convocando os deputados para que compareçam à votação. Os parlamentares que não apresentarem justificativas pela ausência terão descontado em seus contracheques o valor referente ao dia de trabalho.
Segundo os líderes partidários, a MP que está na pauta não tem acordo para ser votada. A medida trata da prorrogação por três anos do prazo para que regimes próprios de previdência social troquem informações para garantir a sua compensação financeira. A expectativa é que poucos deputados interrompam a folga para a votação.
Apesar do provável esvaziamento da Casa, líderes partidários negaram que a Câmara já esteja de férias. “Não é porque estamos de recesso que não trabalhamos. Neste período intensificamos os contatos com as bases, ouvimos reivindicações e opiniões. O trabalho de um parlamentar não se limita ao comparecimento em plenário”, disse o vice-líder do PT, Maurício Rands (PE).
Segundo o líder do DEM na Câmara, Onyx Lorenzoni (RS), sua bancada irá comparecer na última sessão antes do recesso. “Eu confirmei com a maioria dos deputados e todos disseram que viriam. Mas acho que, mesmo assim, o quorum será baixo. Minha insistência é que tem que se cumprir o trabalho até o final do dia”, disse ele.
FO