O deputado estadual licenciado e secretário de Estado de Cidades Wilson Santos (PSDB) pediu para ser investigado pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em relação ao suposto recebimento de verba indenizatória de R$ 65 mil mensal, mesmo estando fora do exercício do cargo.
A denúncia veio à tona na semana passada, por meio de um áudio vazado do deputado estadual Jajah Neves (PSDB), suplente de Wilson na Assembleia. Na conversa, Jajah afirma que 3 dias de receber a verba, seu titular já liga para cobrar o montante, o que é vedado por lei.
Na sexta-feira (12), o Ministério Público avisou que iria apurar o caso e, no início desta semana, a Comissão e Ética da ALMT também anunciou que iria tomar providências. Na tarde de quinta-feira (18), Wilson Santos informou que já foi notificado e que se colocou à disposição para esclarecimentos.
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“Já fui notificado. Eu já fiz um oficio que eu encaminhei ao presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho. O mesmo ofício ao presidente da comissão de ética, o deputado Leonardo Albuquerque, entreguei ontem ao doutor Hélio Fredolino, que está respondendo pela Procuradoria Geral de Justiça, pedindo investigação e me colocando inteiramente a disposição”, disse o político.
“Eu faço questão que haja investigação, estou pronto para colaborar com todas as exigências e solicitações do Ministério Público e da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa. Isso tem que ser passado a limpo!”, completou.
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Diferentemente do titular do cargo, Jajah Neves não foi mais visto desde o episódio. O único pronunciamento se deu por meio de uma nota em que dizia se tratar de um áudio “pirata”, mas não negou que a voz era dele.
No Ministério Público Estadual, o procedimento preparatório ocorre no Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e foi distribuído ao promotor Mauro Zaque. Na Assembleia Legislativa, os deputados envolvidos só devem ser chamados para prestar explicações após o recesso de Carnaval, em fevereiro.
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