O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva, fez um balanço do primeiro semestre do Legislativo e falou de sua luta pela escolha do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sobre a consolidação do Partido Social Democrático (PSD) e como poderá ficar a relação da nova sigla com o Governo do Estado.
Segundo o deputado, algumas áreas, como a Educação, necessitam de mudanças urgentes e o partido, mesmo sendo da base, poderá cobrar uma postura política. “Em um determinado momento o PSD terá que discutir com o governador Silval e exigir mudanças em alguns setores, como a educação, pois a situação fica ruim politicamente”, declarou Riva ao salientar, por exemplo, que faltam políticas educacionais. “Não é uma crítica a atual secretária Rosa Neide, mas ao conjunto que merece nota quatro, pois o ensino ofertado hoje é de má qualidade e o que precisamos é fazer um trabalho diferenciado na Educação”.
Outra crítica do parlamentar foi para o staff de secretariado em virtude das dificuldades encontradas, inclusive, pelos próprios deputados de entrar em contato com os gestores. “Esse foi um dos assuntos que falei para o governador. O problema aumenta, principalmente, quando ele (Silval) viaja”. Riva comentou também da dificuldade do Governo na condução das negociações junto às categorias de servidores que entraram em greve ou que estão em mobilização em busca de melhorias salariais. “Houve um grande erro nas discussões porque o Governo conversou com seis a sete categorias em detrimento de outras. A AL força a negociação fazendo o papel de interlocutor. Agora, o que Silval necessita é de uma equipe preparada para atender todas as categorias”.
Neste sentido, é que o deputado salientou que o PSD poderá fazer algumas exigências ao Governo. Falando nisso, José Riva, que é o presidente do Diretório Provisório da nova legenda em Mato Grosso, informou que a sigla atingiu a meta de 50 mil assinaturas, porém a dificuldade está na certificação pelos cartórios por falta de tempo e pessoal. “O partido está praticamente consolidado não só em Mato Grosso como em todo país. Estamos na fase de realizar as convenções municipais e o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab virá para a convenção estadual”. Uma das datas para a realização do evento é o próximo dia 25. “Vamos fechar esta data ainda, pois neste dia nem todos os deputados estarão presentes por conta do recesso parlamentar”.
Sobre a proposta de cassação de mandatos para quem migrassem ao PSD, Riva diz que se trata de um “velho casuísmo”, principalmente, por parte de senadores como Demóstenes Torres (GO), que teve a oportunidade de fazer a reforma política. “Mas, foi apenas num momento em que um grupo se apresenta como o PSD que o senhor Demóstenes se manifestou. Ainda bem que anularam a decisão de caráter terminativo no Senado”.
Já sobre candidaturas para 2012, o deputado disse que o partido não trabalha neste sentido. “O nosso foco é formamos uma base forte. Logicamente, se o PSD tiver bom em Várzea Grande e o Tião da Zaeli, que é uma liderança consolidada, seria natural a candidatura, bem como pode acontecer em Cuiabá. Mas, a nossa prioridade é formar uma boa chapa proporcional, o que não impede que o partido faça uma boa aliança”.
VLT – A respeito das críticas pela escolha do VLT, Riva diz que há muito interesses empresariais em torno do debate. “Eu não sei, ou até sei, a qual custo essas pessoas combatem um veículo moderno. É um sistema troncal comprovadamente mais ágil, demanda menos desapropriações e ecologicamente correto”, ratificou o parlamentar que desde 2008 lutou para que o estudo de viabilidade do VLT fosse feito pelo Governo.
PRIMEIRO SEMESTRE – Na opinião do deputado José Riva, a Assembleia Legislativa cumpriu seu papel e fechou o primeiro semestre com saldo positivo. “Aprovamos a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO), com melhorias para a Unemat, Defensoria e recursos para a implantação de novas unidades e reforma do sistema sócioeducativo para adolescentes. Além disso, aprovamos a reforma no sistema de transporte intermunicipal, que necessitava de licitação, a e reestruturação da Ager. O embate no Parlamento deste assunto foi positivo para a sociedade, pois a discussão abriu espaço para melhorar a proposta”.
Sandra Costa/Redação
