O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP), iniciou recentemente uma ação junto ao Ministério dos Transportes para a federalização e conclusão da rodovia Transpantaneira. Conhecida como o portal do pantanal é a via que liga o municipio de Poconé a Corumbá, no Mato Grosso do Sul.
Riva pretende obter apoio dos deputados federais e senadores dos dois estados nesta iniciativa, visto que a proposta irá atender a falta da viabilidade orçamentária, podendo ser realizado com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento, o PAC. “Com essa proposta queremos garantir uma revolução no processo de crescimento da indústria do turismo”, reforçou.
“Esta idéia vou defender junto aos parlamentares dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tanto na Câmara dos Deputados como no Senado da República, por entender que ela atingirá anseios de turistas dos mais diferentes locais”, disse Riva e acrescenta: “Além de propiciar crescimento da indústria do turismo promoverá também elos culturais entre os povos, principalmente das comunidades de Poconé e Corumbá”.
Segundo o presidente da AL, é relevante transferir para o Governo Federal a gestão dessa rodovia, pois os estados não têm condições orçamentárias para a proposta.
A Rodovia Transpantaneira, originalmente projetada para ligar Corumbá no Sul do Pantanal a Cuiabá no Norte, fora projetada no início dos anos 70 quando MT e MS eram um único estado. Esta rodovia é uma estrada de terra com 147 km e 126 pontes. Tem início em Poconé e termina em Porto Jofre, à margem do rio Cuiabá, que desde 1977 divide os dois estados. A estrada de Poconé até a divisa à margem do rio Cuiabá foi construída rapidamente nos primeiros anos da década de 70. De 77 para cá, a estrada sentido Corumbá para o norte (margem do Cuiabá) foi abandonada.
“Suas margens albergam uma infinidade de animais como veados, capivaras, jacarés e tamanduás, além de várias espécies de aves. A precariedade da rodovia é compensada apenas pelas riquezas das espécies e pelo visual encantador”, relata Roberto Lima habitante do municipio de Colíder, no norte mato-grossense.
Segundo Lima, se o governo propiciasse mais atenção àquela obra, o resultado seria agregador. “Se aquela rodovia recebesse cuidados constantes, os turistas se sentiriam mais seguros e retornariam sempre, além do que sugeririam aos amigos passeios àquela localidade”, ressaltou.