O deputado José Riva (PP), presidente da Assembléia Legislativa, concedeu há pouco entrevista coletiva para falar sobre a busca e apreensão que aconteceu pela manhã em sua residência. Sua esposa, Janete Riva, e seu genro, Antônio Carlos Azóia, tiveram prisão preventiva decretada e estão na sede da Polícia Federal para prestar depoimentos.
Segundo Riva, agentes da PF chegaram à sua residência às 6 horas desta manhã, quando ele se preparava para viajar a Colíder. “Eles fizeram a busca e apreensão e encontraram duas armas, com registros, e o valor de R$ 25,6 mil, referente a uma operação de empréstimo bancário feita pelo meu genro”, afirmou.
Ele também afirmou que a PF encontrou um contrato de uma área para colonização, em Santa Cruz do Xingú, em seu nome e de um sócio. “Eu sempre trabalhei com colonização. Esse contrato até já perdeu o objeto porque a área foi invadida a alguns anos”, afirmou.
Riva disse que Janete é proprietária da Fazenda Paineira, em Juara, e seu genro da Fazenda Santa Clara, em Tabaporã. “Pelo que sei a ação se refere a crime ambiental, mas acho estranho, porque a fazenda de Janete é referência na região, pois segue todas as normas ambientais existentes, as madeiras que saem de lá são certificadas e existem manejos ambientais. Nenhuma cabeça de gado de lá bebe água no rio”, afirmou.
Ele reiterou que sua esposa comprou a área em 1999 e que havia problemas ambientais antes disso. “Tudo o que havia de errado antes desta data foi regularizado, as Áreas de Proteção Ambiental foram cercadas e reflorestadas, onde havia problemas”, afirmou.
Perseguição política
Riva acusou o juiz federal Julier Sebastião da Silva de perseguição política. “Não tenho dúvidas de que essa prisão tem viés político. Na impossibilidade dele (Julier) me prender, ele prendeu minha esposa, que é meu braço direito político”, afirmou.
Riva ainda fez um desafio: “Convido o procurador, o juiz e demais autoridades a irem até a fazenda de Janete. Se for constatado algum crime ambiental, nos fazemos a doação da fazenda”.
MIDIANEWS