Obras do modal tinham conclusão prevista inicialmente para outubro de 2024
“Até agora, em janeiro de 2025, apenas cerca de 20% da obra foi concluída, e o prazo de conclusão era outubro do ano passado. A avaliação, hoje, é de que a obra não se conclua antes de 2026. Então, serão oito anos de mandato do atual governo, sem que haja conclusão dessa obra. E esse conflito entre o governo e o consórcio é preocupante, por isso queremos convidar o consórcio para apresentar explicações sobre a situação da obra, para que possamos avaliar outras medidas a serem tomadas”, apontou Lúdio.
O consórcio é liderado pela Nova Engevix Engenharia e Projetos S/A e foi contratado em agosto de 2022 por R$ 468 milhões para realizar as obras do BRT, que substituiu o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como modal de transporte intermunicipal entre Cuiabá e Várzea Grande. O VLT deveria ter sido entregue em 2014.
Uma das questões levantadas pelo consórcio em nota pública é que o anteprojeto do BRT não contemplou a macrodrenagem da Avenida Tenente Coronel Duarte, conhecida como Prainha. O serviço ainda não foi contratado pelo governo e é necessário em razão dos constantes alagamentos na região. O BRT usará ônibus elétricos, que não podem circular em vias com lâmina d’água.
“A Prainha é o ponto mais crítico dessas intervenções: já era para o VLT e continua sendo para as obras do BRT. E nós ouvirmos posicionamento de que não há sequer projeto estrutural para enfrentar aquele nó crítico, isso pode inviabilizar o BRT, e olha que toda a Avenida do CPA já foi arrebentada para construção da pista nova”, destacou Lúdio, lembrando ainda o outro eixo, na Avenida Fernando Corrêa, que ainda não foi iniciado.
O convite foi aprovado na sessão desta quarta-feira para que os representantes do Consórcio BRT participem de uma audiência em 13 de fevereiro, a partir das 9h, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa.