O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP), voltou a expressar sua preocupação com o andamento das obras do novo Hospital Universitário Júlio Muller e, com o recurso liberado pela União, na ordem de R$ 70 milhões, paralisados há três anos na conta do Estado. O parlamentar cobrou, durante audiência pública no Senado Federal, um posicionamento do governo de Mato Grosso, responsável pela contrapartida do recurso e execução da obra. 
 
"O governo deve esclarecer se conta com o recurso para contrapartida da obra, caso contrário, será necessária uma força tarefa da bancada federal para resolver o problema", frisou. 
 
A audiência pública requerida pelo senador Wellington Fagundes contou com a presença do atual e futuro prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes e Emanuel Pinheiro, respectivamente, além de deputados federais, deputados estaduais e senadores. 
 
O evento teve por objetivo debater o planejamento e o plano operativo da utilização dos recursos da saúde no atendimento ao setor no Estado. 
 
Outra preocupação apontada pelo deputado Ezequiel é com relação ao gerenciamento da central de regulação do Estado sob responsabilidade da prefeitura de Cuiabá. 
 
Conforme Fonseca, o atual sistema tem prejudicado os pacientes do interior do Estado. "É necessário que a gerencia retorne para o Estado, dessa forma a capital e os municípios do interior terão atendimento igualitário". 
 
O progressista reivindicou também a atualização do sistema da Central, feito atualmente por contato telefônico. "Hoje os médicos não possuem um sistema específico, a regulação é feita por telefone, isso faz com que os profissionais fiquem impossibilitados de saber até mesmo onde estão os leitos disponíveis. Essa problemática tem prejudicado o serviço e elevado o número de judicializações", declarou. 
 
Quanto a proposta de federalização do novo Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, Ezequiel Fonseca destacou a importância da sugestão, apresentada pelo senador Wellington Fagundes. Para ele, a medida minimizará o problema da saúde pública no Estado, especialmente, por contar com uma gestão compartilhada com o Governo Federal. 
 
"Além de aumentar o número de leitos e ampliar os atendimentos, a federalização do hospital resultaria na diminuição da carga de Cuiabá, será um ganho real para a saúde pública de todo Mato Grosso", concluiu.