Os mercados abriram esta quarta-feira sob forte tensão, mas ensaiam recuperação. A Bovespa, que abriu em baixa, inverteu o sinal e opera em alta de 0,25% às 11h16, aos 51.037 pontos. Na abertura, o dólar comercial subiu forte e marcou R$ 2,0130, superando pela primeira vez a marca de R$ 2 desde maio deste ano. Às 11h15, a moeda oscilava próxima a este patamar, aos R$ 1,988, alta de 0,20%.
O dólar vinha sendo cotado abaixo de 2 reais desde 15 de maio, patamar em que não caía desde 2001.
As bolsas mundiais continuam sob forte pressão diante de novas notícias sobre “esqueletos” do crédito de alto risco.
As bolsas norte-americanas também abriram em queda diante da impressão de que a crise com as hipotecas de alto risco está causando problemas a um número maior do que o inicialmente estimado de bancos e fundos pressiona os futuros de Nova York. Às 10h41 (de Brasília), o Dow Jones caía 0,45%, o Nasdaq perdia 0,33% e o S&P 500 recuava 0,42%.
Em Tóquio, as ações do Banco Mitsubishi UFJ Financial Group fecharam em queda de 5,4%, depois de a instituição informar que registrou perdas de cerca de 5 bilhões de ienes em produtos securitizados que podem conter hipotecas de risco. Na Austrália, o administrador de fundo hedge (que investe em ativos variados) Basis Capital afirmou que as perdas no Yield Alpha Fund podem superar 80%.
O resultado foi queda generalizada nas bolsas asiáticas, e as européias também sofrem baixa. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 2,24%, atingindo seu nível mais baixo desde dezembro de 2006. O segundo indicador, o Topix, caiu 2,72%.
A Bolsa de Hong Kong encerrou o pregão com baixa de 2,7% e, na Coréia do Sul, a Bolsa de Seul registrou queda de 1,7%. Em Taiwan, a baixa foi de 3,2%.
O pior resultado registrado até o momento nesta quarta-feira ocorreu na Bolsa de Jacarta, na Indonésia, que fechou o pregão em queda de 5,3%.
As bolsas européias se mantinham em baixa hoje na metade do pregão devido ao temor de que os problemas do mercado hipotecário de alto risco americano se estendam a outras grandes entidades financeiras da Europa e do resto do mundo.
Os principais índices dos mercados de valores da Europa caíam mais que 1%. O FTSE 100 de Londres caía 1,5%, e o índice DAX 30 de Frankfurt registrava baixa de 0,9%.
O CAC 40 de Paris caía 1,6%, enquanto o Ibex 35 de Madri estava em queda de 1,1%..
