A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, esclareceu que, por se tratar de uma estatística que só começou a ser medida em 2011, não é possível dizer se realmente aumentou a violência contra os homossexuais ou apenas a confiança dos brasileiros nos canais oficiais para denunciá-la.

 

Segundo o mesmo relatório, enquanto em 2011 41,9% das denúncias foram feitas pelas vítimas e 26,3% por terceiros, no ano passado 10,5% dos denunciantes eram as vítimas e 47,4% terceiros.

 

Na cerimônia em que foi apresentado o relatório, que contou com a participação do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e da ministra da Secretaria Especial para as Mulheres, Eleonora Menicucci, vários presentes falaram sobre a violência homofóbica, usando como exemplo um projeto de lei discutido no Congresso que prevê a chamada "cura gay".

 

Trata-se de uma iniciativa de parlamentares ligados à bancada evangélica que, na semana passada, foi aprovada em primeira votação pela Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados e que pede que os psicólogos ofereceram tratamentos para "curar" os homossexuais.

 

O colégio de psicólogos do Brasil proíbe tal tratamento por considerar que a homossexualidade não é uma doença.

 

"É inaceitável que o homossexualismo (sic) seja tratado como uma doença", afirmou a ministra da Secretaria de Direitos Humanos ao respaldar as críticas.

 

 

 

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