domingo, 22/12/2024
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DEM vai expulsar deputado suspeito de envolvimento com milícias no Rio

O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia, confirmou nesta quinta-feira que o deputado estadual Natalino Guimarães será expulso da legenda. Segundo Maia, o parlamentar não tem mais como permanecer no partido mediante os últimos acontecimentos. Natalino foi preso em flagrante em sua casa na última segunda-feira. Ele é acusado de comandar a milícia “Liga da Justiça”, que atua em Campo Grande, zona Oeste do Rio.

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De acordo com Rodrigo Maia, a formalização da expulsão será feita no AE

Deputado estadual Natalino Guimarães (DEM)
dia 7 de agosto, data de retorno do recesso do diretório nacional do partido. O relator do caso será o senador Demóstenes Torres (GO). Segundo o presidente do DEM, o relatório que será elaborado deverá ser contundente e rápido. Maia disse ainda que o pedido de expulsão de Natalino foi enviado ao Conselho de Ética do diretório nacional pelo diretório regional com o intuito de suprimir prazos.

Foragido

A Polícia Civil do Rio continua procurando Luciano Guinâncio Guimarães, de 29 anos, filho do vereador Jerônimo Guimarães Filho (PMDB), o Jerominho, e sobrinho do deputado estadual Natalino José Guimarães. Luciano é suspeito de participar de pelo menos três dos 98 assassinatos atribuídos à milícia “Liga da Justiça”.

Segundo a polícia, o foragido seria o herdeiro do controle da quadrilha de milicianos. Luciano foi expulso da Polícia Militar e é apontado como chefe do braço armado da milícia. Além do filho do vereador, a polícia busca também Leandro Paixão Viegas, mais conhecido como Leandrinho Quebra-Ossos. Os dois têm mandados de prisão decretados pela Justiça.

O delegado adjunto da 35ª DP (Campo Grande), Eduardo Jorge Alves Soares, acredita que eles estavam entre os sete homens que conseguiram fugir da batida policial feita durante uma reunião da suposta quadrilha na casa do deputado Natalino. Na ocasião, o parlamentar e outros quatro homens foram presos.

Alerj

A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu nesta quarta-feira que não irá convocar uma sessão extraordinária durante o recesso parlamentar para avaliar a prisão do deputado estadual Natalino Guimarães. Durante a reunião foram lidos os autos da prisão em flagrante do parlamentar e foi definido que os documentos serão enviados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para análise das denúncias e das condições em que foi efetuada a prisão.

“A comissão vai analisar as informações que foram enviadas, mas, se necessário, fará diligências para averiguar a clareza dos autos de prisão. Estamos em período de recesso. No início de agosto, a comissão se reunirá imediatamente para atestar ou não o auto de prisão em flagrante”, informou, ao fim da reunião, o presidente da CCJ, deputado Paulo Melo (PMDB).

De acordo com Paulo Melo, a CCJ tem 48 horas para dar seu parecer sobre o caso, o que, a contar do fim do recesso, deverá acontecer na primeira terça-feira de agosto, dia 5. Segundo ele, a decisão da CCJ, pelo relaxamento ou manutenção da prisão de Natalino, deverá ir a plenário ainda na primeira semana de agosto. O decreto com o parecer da comissão precisará da aprovação da maioria absoluta da Casa (36 votos) para ser aprovado.

Também na quarta-feira, o presidente da CCJ da Alerj foi ao presídio de segurança máxima Bangu 8, na companhia de outros parlamentares, para verificar as condições em que se encontra Natalino. De acordo com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, o deputado divide a cela com outros cinco detentos. A penitenciária só recebe acusados que têm nível superior, cargo público ou são policiais.

Depoimento

O deputado estadual Natalino Guimarães assisitu nesta quarta-feira, na condição de réu preso e escoltado por PMs, a audiência do processo a que responde por formação de quadrilha armada no Tribunal de Justiça do Rio. O parlamentar pediu dispensa do depoimento e permaneceu na audiência somente para ouvir o interrogatório de Fábio Pereira de Oliveira, o Fábio Gordo, que também foi preso na segunda-feira, e de duas testemunhas de defesa do vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, irmão do deputado estadual, preso sob a mesma acusação.

Em seu depoimento, Fábio Gordo disse que não freqüenta a casa de Natalino e, no momento da prisão, ia visitar a mãe, que mora no mesmo bairro do deputado. Ele disse também que trabalhou no gabinete do parlamentar em 2007.

A ação penal contra o deputado Natalino, seu irmão Jerominho e mais nove pessoas começou no dia 7 de abril, quando o Órgão Especial do TJ aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual. O grupo é acusado de exigir dinheiro de motoristas de vans e kombis, comerciantes e moradores dos bairros de Campo Grande, Guaratiba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz, em troca de “proteção” contra a atuação de criminosos da região.

Segundo o MP, aqueles que não cumprem as determinações da quadrilha ou que noticiam suas atividades às autoridades públicas sofrem represálias, havendo no inquérito notícias de desaparecimentos e de homicídios. Alguns desses crimes estão sendo apurados em procedimentos autônomos.

Secretário de Segurança Pública

O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, afirmou na terça-feira, em entrevista coletiva, que grande parte da quadrilha miliciana carioca está desarticulada. A afirmação foi feita após a prisão em flagrante do deputado Natalino Guimarães, na zona Oeste do Rio.

“Esse foi um duro golpe na milícia do Rio. Foram presas peças importantes desse quebra-cabeça. Mas existe ainda muito trabalho pela frente”, disse Beltrame.

O secretário afirmou que a operação foi apenas mais uma etapa de um trabalho que vem acontecendo há muito tempo. Segundo ele, são cinco meses desde a abertura do inquérito.

“Acreditamos que a atuação da milícia na zona Oeste esteja caminhando para o fim. Hoje tivemos mais um desdobramento dessa operação”, afirmou o secretário.

U.Seg

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Parmenas Alt
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A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas ações.
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