O serviço de entrega delivery foi o escolhido por 53% dos brasileiros e solicitado entre duas a três vezes por semana, conforme pesquisa
Os setores de comércio e serviço tiveram grande impacto financeiro com a pandemia da Covid-19. Muitos estabelecimentos se viram obrigados a fechar às portas por determinação das autoridades competentes, a fim de evitar aglomerações e, dessa forma, diminuir a propagação do vírus.
Diante de tal situação, um formato de entrega e atendimento aos clientes que ganhou espaço foi o delivery. A quarta edição da Kantar Thermometer, pesquisa realizada em abril deste ano sobre os principais impactos socioeconômicos da pandemia no mundo, aponta que o delivery foi o serviço escolhido por 53% dos brasileiros e solicitado entre duas a três vezes por semana.
Em Mato Grosso, a tendência por entrega delivery também é destaque na pandemia e segmentos como de restaurantes, pizzarias, lanchonetes, supermercados, farmácias tiveram um aumento considerável de pedidos com essa plataforma de entrega.
Enquanto outros negócios tiveram que se adequar para oferecerem o serviço delivery durante a pandemia, o jovem Márcio Alt, de apenas 26 anos, há um ano abriu sua própria pizzaria em Cuiabá e o grande diferencial foi o formato de atendimento aos clientes: apenas delivery. Na época, a decisão de criar o Florais da Pizza Delivery levava em conta a diminuição de gastos na estrutura física do empreendimento e um foco total na qualidade das pizzas.
“Investimos na qualidade da produção, com recheios saborosos e bordas especiais. No início do projeto, até chegamos oferecer atendimento presencial, mas vimos no delivery uma forma de chegar aos nossos clientes com agilidade e rapidez. E, com a pandemia, o nosso atendimento dobrou durante a semana e triplicou aos finais de semana”, afirma o empresário, que já trabalhava como pizzaiolo há sete anos.
Antes da pandemia, a pizzaria contava com apenas três funcionários, com o aumento das vendas delivery, foi necessário aumentar para sete, sendo dois entregadores. O projeto deu tão certo que Márcio foi convidado para oferecer um treinamento em Tangará da Serra. O também empresário Murilo de Araújo, 37 anos, que há dois anos possui uma esfiharia no município, viu o movimento cair em aproximadamente 70% com a pandemia do coronavírus.
“Convidei o Márcio para oferecer um treinamento a nossa equipe durante três dias, ele nos apresentou todas as etapas de como fabrica as pizzas, o processo de entrega e tudo mais. Hoje, além de esfihas que continuamos vendendo no atendimento presencial, agora temos pizzas, apenas no delivery, com toda qualidade e diferencial no sabor e nas bordas especiais, como a de vulcão, trançadas, entre outros. E já estamos sentindo diferença nas vendas”, concluiu Murilo.