Apesar de algumas posições não funcionarem tão bem para pessoas com certos biotipos, é possível adaptá-las ou escolher outras mais confortáveis
Variar posições sexuais é uma boa ideia de tornar o sexo mais dinâmico e esquentar um pouco as coisas entre quatro paredes. Porém, ainda que o casal tenha essa vontade ou apenas queira experimentar posições mais desafiadoras, de nada adianta pegar o Kama Sutra e sair se contorcendo sem pensar no conforto e, principalmente, no biotipo dos envolvidos.
A clássica “papai e mamãe” é, apesar de básica, uma das posições sexuais preferidas dos casais, mas pode não ser muito confortável se o rapaz, que fica por cima, não tiver muita força nos braços. Já a posição em que a mulher fica de quatro proporciona uma visão e tanto para o homem, mas, como possibilita uma penetração mais profunda , pode ser desagradável caso a mulher se incomode com isso ou o parceiro tenha um pênis muito grande.
Os atributos físicos das pessoas também podem influenciar no quanto uma posição funciona ou não. Por exemplo: para pessoas mais pesadas, opções que exigem se sustentar usando os braços ou flexionar as pernas várias vezes seguidas podem não ser muito confortáveis. Para mulheres que são inseguras quanto aos seios e à barriga, ficar por cima do parceiro e “exibir” essas partes do corpo também pode ser desagradável.
A dúvida deste leitor do Delas se enquadra justamente nessa questão da forma física. Nesta semana, Thiago (nome fictício) nos escreveu: “Queria saber quais as melhores posições para pessoas que têm o bumbum grande. Minha namorada tem um bumbum gigante e algumas posições sexuais ficam bem difíceis, por exemplo a ‘de quatro’”. Aqui, há duas soluções: testar opções que “tiram” o bumbum do caminho ou adaptar algumas posições para torná-las mais cômodas.
“De quatro”, sim, mas sem o bumbum atrapalhar
Quando essa parte do corpo da mulher é muito grande, pode ser realmente difícil para o homem “alcançar” a vagina durante o sexo se ela tiver de ficar de costas para ele. Nesse caso, conforme explica a terapeuta sexual e colunista do grupo “Afrodites” , Thais Plaza, posições como a “de quatro” e a famosa “conchinha” podem não ser mesmo as melhores opções.
Ainda assim, a especialista conta que é, sim, possível fazer essas posições sexuais funcionarem independentemente do tamanho do bumbum da mulher. O segredo, segundo ela, é deixar o bumbum mais arrebitado e, para isso, há algumas alternativas. Em vez de ficar de quatro, a mulher pode inclinar a parte superior do corpo para baixo, apoiando-se nos cotovelos em vez de se sustentar com as mãos. Dessa forma, a vagina fica mais “exposta” e a penetração é facilitada.
Outra alternativa, segundo a terapeuta, é recorrer à ajuda de um ou mais travesseiros que devem ser colocados embaixo da barriga da mulher. Fazer isso permite que ela tenha mais liberdade de se inclinar conforme for mais conveniente e manter o quadril mais levantado sem fazer muito esforço.
Thais ainda aconselha que o homem use as mãos para “tirar” o bumbum do caminho, mas afirma que, como tudo o que tem a ver com o sexo, o ideal é o casal descobrir alternativas em parceria. “É interessante colocar que cada casal vai ter uma dinâmica, uma posição favorita e outras que às vezes a mulher gosta mais, o homem gosta menos… Aí é construir uma dinâmica a dois”, comenta a terapeuta.
Posições sexuais alternativas
Ainda que adaptar o “de quatro” possa funcionar, mudar o ângulo da penetração também pode fazer com que ela seja mais profunda e não agrade tanto a mulher. Nesse caso, uma boa ideia é a mulher ficar por cima e de frente para o parceiro, em posições como estas, que não tornam o bumbum um “obstáculo” para a penetração na hora H:
“Domando o garanhão”
Nesta posição, o homem fica deitado de barriga para cima e a mulher se senta sobre ele, inclinando-se como desejar para ajustar o ângulo da penetração conforme for mais confortável para ela. Caso ela fique cansada de se mover, o homem pode apoiar os pés na superfície em que o casal estiver, usando esse apoio para movimentar o quadril enquanto ela “descansa” e apenas aproveita.
“Dança das borboletas”
Nesta opção, o homem e a mulher também ficam de frente um para o outro, mas sentados – ele por baixo, ela por cima. Para acomodar melhor a parceira, o homem pode abrir, fechar ou flexionar um pouco as pernas.
“Trono da princesa”
No caso de mulheres que têm o bumbum grande, posições em que ela fica de costas para o parceiro normalmente não funcionam muito bem porque é difícil de os dois se encaixarem. Esta, no entanto, é uma exceção, já que os dois não ficam “agarradinhos”. Aqui, o homem se deita de barriga para cima, com as pernas flexionadas e abertas. Em seguida, a mulher se acomoda entre as pernas dele e se senta sobre o parceiro.
Para quem tem o bumbum grande, deitar-se de barriga para cima pode gerar certo desconforto na região lombar. Por outro lado, erguer o quadril para evitar isso também pode ser complicado, então é aconselhável optar por posições sexuais em que ela possa apoiar essa parte do corpo em algo ou manter a lombar relaxada com a ajuda de um travesseiro, como estas:
“Garanhão profundo”
Nesta posição, o casal fica em uma posição semelhante à “papai e mamãe”, mas, em vez de a mulher posicionar as pernas em torno da cintura do parceiro, ela as joga para o alto, apoiando-as nos ombros dele. Isso requer alguma flexibilidade da parte dela, mas é uma boa forma de manter as costas em uma posição mais confortável.
“Pés de afrodite”/”o invasor”
Nesta posição, a mulher se deita de barriga para cima, apoiando uma das pernas no ombro do parceiro e mantendo a outra flexionada, com o pé encostado no peito dele. Enquanto isso, ele se ajoelha de frente para ela, apoiando o quadril da parceira nas próprias pernas para erguê-lo e penetrá-la. Se a posição das pernas ficar incômoda, ela pode apoiar as duas em um dos ombros do parceiro, ainda mantendo-as flexionadas.
Ajudinha extra é sempre bem-vinda
Ainda que algumas posições ou adaptações sejam mais confortáveis, cada casal precisa descobrir o que funciona melhor para si. Segundo Thais, além dessas dicas, uma boa ideia é investir em baralhos eróticos – que, em forma de brincadeira , “ensinam” novas posições – ou manuais como o próprio Kama Sutra para aumentar o repertório e se surpreender.
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