A delação premiada do ex-superintendente do Bic Banco de Mato Grosso, Luis Carlos Cuzziol, que foi firmada em abril passado com o Ministério Público Federal (MPF), sobre como funcionava o esquema de lavagem de dinheiro, corrupção e financiamento de campanha eleitoral no Estado deve se transformar em uma megaoperação da Polícia Federal nos próximos meses, em mais uma fase da Operação Ararath.
Nos bastidores, os comentários são de que a situação caiu como uma bomba no meio empresarial e político e pode atingir autoridades, empresários deputados e ex-deputados, entre eles o ex-secretário Eder Moraes e o ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), além de executivos do próprio Bic Banco.
O ex-superintendente teria entregado à Justiça e-mails, documentos, trocas de mensagens e contas bancárias que dão mais sustentação às provas do MPF.
Como Luis Carlos Cuzziol será reinterrogado no próximo dia 12, a expectativa é de que novos fatos sejam esclarecidos no depoimento e as delações do ex-governador Silval Barbosa e do empresário Júnior Mendonça sejam reforçadas.
O processo segue em segredo de Justiça.
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