A Defensoria Pública de Mato Grosso lança, no próximo dia 17, a terceira edição da Campanha do Laço Branco, cujo tema é “Homens pelo fim da violência contra as mulheres”. O evento será realizado no auditório Milton Figueiredo, na Assembleia Legislativa, às 15h. A campanha, por sua vez, permanece até seis de dezembro, Dia Nacional da mobilização dos homens contra a violência doméstica.
Para o Defensor Público-Geral, Djalma Sabo Mendes Júnior, é uma honra mobilizar a sociedade contra a violência doméstica e fazer com que o público masculino passe a disseminar a cultura da paz. “Nosso intuito é de que a conscientização se torne um eco, partindo dos homens e evitando situações trágicas, bem como diminuindo os números vergonhosos com os quais temos que conviver”.
De acordo com a Defensora Pública e Presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Estado, Rosana Leite Antunes de Barros, a Campanha do Laço Branco vem se fortalecendo a cada ano, conforme demonstra o aumento no número de Instituições que apoiam a iniciativa. “Essa campanha tem uma abordagem diferenciada da violência doméstica, pois são os homens (sexo masculino) que se manifestam, afirmando que não praticam violência e repudiam aqueles que praticam”.
Como símbolo da campanha, todos os homens contrários a qualquer forma de agressão contra as mulheres devem utilizar um laço branco entre os dias 17 e seis de dezembro. Além disso, ao longo desses 20 dias serão realizadas atividades como palestras, panfletagens e blitz educativa, esta sob responsabilidade da Polícia Militar.
A Campanha
A Campanha do Laço Branco surgiu no Canadá em seis de dezembro de 1989, quando o jovem Marc Lepine (25 anos), armado com uma submetralhadora, entrou na Escola Politécnica de Montreal e determinou que todos os homens se retirassem, deixando apenas as mulheres.
Lepine atirou nas 14 mulheres que permaneceram no local. Todas morreram e ele cometeu suicídio. Após o episódio, no dia seis de dezembro daquele ano vários homens saíram às ruas vestindo roupas brancas, a fim de afirmar que não concordavam com a atitude do assassino, bem como abominavam a prática de violência contra mulheres e, assim, se consagrou o Dia Internacional de mobilização masculina pelo fim da violência doméstica. A Lei nº 11.489/07 instituiu a data no Brasil.