Marcos está de volta! De alto-astral, esbanjando alegria e pronto para encarar uma concentração após seis meses. O goleiro entrega que estava com saudades de viajar com os amigos – parte para Jarinu, onde a delegação palmeirense ficará até esta sexta-feira. Apesar de já estar apto para jogar, o pentacampeão mundial ficará no banco no clássico deste domingo, contra o Corinthians, no Morumbi. E avisa: não quer colocar pressão em Diego Cavalieri. “Aqui já está definido. O Diego é o titular e ponto final!”
Marcos não sabe o que é entrar em campo e receber o apoio da torcida desde 11 de março. Naquele dia, sofreu um choque com um atleta do Juventus e fraturou o braço esquerdo. Passou por cirurgia, recebeu uma placa de titânio, ficou parado em casa. E a fisioterapia passou a acompanhá-lo mais uma vez. “O processo de recuperação é enjoativo, já passei 13 vezes por isso”, diz o goleiro, que não tem vergonha de brincar com a situação. “Espero que a próxima [lesão] demore para acontecer.”
Marcos tem contrato com o Palmeiras até o fim de 2009. Garante que ficará até o fim, mesmo que na reserva de Diego. “Não vejo problema em ficar mais dois anos no banco”, fala. Há um mês, o Botafogo tentou contratá-lo. E ele chegou a pensar em ir para o Rio até o término do Brasileiro. “Mas passei a proposta para os diretores e eles avisaram que me queriam aqui”, disse, feliz com a resposta da cúpula alviverde.
Para Marcos, a principal dificuldade hoje em dia é treinar. “Jogo é legal, mas sempre tem treino para estragar”, declarou. “Se eu fizer o que o Diego e o Bruno [terceiro goleiro] fazem, nem ando no outro dia. Tenho dor no corpo todo.”
Jeitão simples, esse paulista de Oriente não pára de elogiar Diego Cavalieri – um goleiro que, em sua opinião, já deveria ter ido para a seleção. Neste domingo, Marcos não vê a hora de reencontrar a torcida palmeirense. No banco de reservas do Morumbi. Já em 2008 a história será diferente e ele voltará a brigar por uma vaga de titular. Uma “boa” dor de cabeça para o técnico Caio Júnior.
