Mesmo assim, o ex-presidente avançou na agenda econômica e conseguiu reduzir a dívida pública, um feito importante para sua gestão, mas que não foi suficiente para conter a reprovação no momento.
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A avaliação do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua a ser uma montanha-russa, mas com menos altos e mais baixos. De acordo com os dados da pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 12 e 13 de dezembro, a popularidade de Lula continua em queda. Mesmo com o apoio da extrema-imprensa, como a Globo, a aprovação de seu governo é de apenas 35% (ótimo ou bom), enquanto 34% avaliam-no como ruim ou péssimo.
O cenário de Lula é semelhante ao enfrentado por seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL), que, no mesmo período de seu mandato, também teve uma avaliação negativa. Contudo, vale lembrar que Bolsonaro liderava seu governo durante um dos períodos mais críticos da pandemia de Covid-19, o que comprometia seriamente a sua gestão. Mesmo assim, o ex-presidente avançou na agenda econômica e conseguiu reduzir a dívida pública, um feito importante para sua gestão, mas que não foi suficiente para conter a reprovação no momento.
Já o presidente Lula, mesmo com o respaldo midiático, tem dificuldades em avançar em temas econômicos. A gestão do “ministro-que-não-sabe-de-economia”, Fernando Haddad, como alguns críticos se referem a Fernando Haddad, não tem entregado os resultados prometidos para estabilizar a economia. O impacto dessa performance é visível nas taxas de aprovação e nas crescentes críticas que surgem, não apenas da oposição, mas também de setores que tradicionalmente o apoiavam.
Em termos históricos, a avaliação de Lula está abaixo do que foi registrado em seu primeiro mandato. Comparado com a época de José Sarney (1987) e Fernando Collor (1992), Lula apresenta uma avaliação relativamente melhor, mas ainda assim longe dos índices de aprovação de seu segundo mandato.