Linha: Mesmo com a desaceleração, mercado de trabalho ainda mostra dinamismo
Conforme levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), junto ao IBGE, os dados mostram que as vendas do comércio de Mato Grosso desaceleraram no 1º semestre de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No varejo ampliado, que considera todas as atividades comerciais segmentadas pelo instituto, houve um recuo de 0,8%. Já no comércio varejista, que desconsidera alguns segmentos mais específicos, como as vendas de automóveis e materiais para construção, as vendas cresceram, mas a um ritmo menor do que o verificado no início do ano.
Dados do 1º semestre apontam queda das vendas do varejo ampliado em Mato Grosso
Os dados referentes ao 1º semestre de 2024 confirmam a desaceleração das vendas do comércio em Mato Grosso. O desempenho reflete o quadro geral da economia local, afetado pelas dificuldades do setor agropecuário. Para o varejo ampliado, que reúne todas as atividades comerciais, observa-se que o volume de vendas mensal dos meses do 1º semestre de 2024 ficou abaixo ou no mesmo patamar do observado no mesmo mês de 2023, exceção feita a janeiro. Isso resultou em uma queda 0,8% das vendas desse segmento no 1º semestre. No comércio varejista, que desconsidera atividades mais específicas, as vendas cresceram no semestre, mas a um ritmo menor do que o verificado anteriormente.
Volume de prestação de serviços recua em Mato Grosso e indica desaceleração da atividade econômica
Completando o quadro da atividade econômica em Mato Grosso, no 1º semestre de 2024, o volume de prestação de serviços caiu 6,4% no estado, de acordo com dados do IBGE. A comparação é com o mesmo período do ano anterior. No país como um todo, o volume de prestação de serviços cresceu 1,6% no mesmo período. Por sua vez, a produção industrial apresentou alta de 4,0% no período, ante um avanço de 2,6% da média nacional. Mesmo com o avanço da produção industrial, o desempenho negativo do setor de serviços sugere desaceleração da atividade econômica do estado, devido ao peso do setor na economia. Essa desaceleração guarda relação com a queda da produção agrícola, decorrente de adversidades climáticas que afetam diferentes regiões do país. As projeções do IBGE apontam para uma queda de 7,9% na safra de grãos do estado – um recuo superior ao projetado para o país como um todo.
Em Mato Grosso, saldo de vagas formais criadas chega a 41.711 no 1º semestre de 2024 e supera o saldo observado no mesmo período de 2023
De acordo com dados do CAGED, no 1º semestre de 2024, 41.711 vagas formais de trabalho foram criadas no estado de Mato Grosso. Esse resultado representa a diferença entre o total de admissões e o total de demissões no período e registrou um crescimento de 3,3% com relação ao número de vagas criadas no 1º semestre de 2023. A abertura dos dados por setor mostra que os Serviços lideraram a criação de vagas formais no 1º semestre, com 15.486 postos criados. Em seguida, aparece a Indústria (9.885).
No comércio, o saldo de vagas formais criadas no 1º semestre chegou a 5.019.
Por fim, o número total de empregos formais em Mato Grosso, independentemente da data de criação, chegou a cerca de 960.289 em junho de 2024, acima do verificado em junho de 2023 (919.657).
Taxa de desemprego é estimada em 3,7% em Mato Grosso
Complementando as informações do mercado de trabalho, dados do IBGE mostram que a força de trabalho no estado do Mato Grosso encerrou o 1º trimestre de 2024 com 1,98 milhão de pessoas. A força de trabalho é composta pelos indivíduos que exercem alguma atividade profissional ou que estão à procura, mas sem trabalho no momento da pesquisa – os chamados desempregados. O detalhamento dos dados mostra um total de 1,91 milhão de pessoas ocupadas e 65 mil desempregados no estado.
Em Mato Grosso, crédito às famílias cresce 5,7% no 1º semestre; crédito empresarial também avança, mas a um ritmo menor
Dados do mercado de crédito mostram que, em junho de 2024, o saldo de crédito destinado a Pessoas Físicas (PF) chegou a R$ 151 bilhões no Mato Grosso. Esse número representa os valores em aberto, vencidos ou a vencer, das operações de empréstimo e financiamentos feitas através do Sistema Financeiro Nacional (SFN). No segmento de PF, esses recursos possibilitam a antecipação do consumo. Já o saldo destinado a Pessoas Jurídicas chegou a R$ 74 bilhões. Ao longo do 1º semestre de 2024, o saldo de crédito às famílias cresceu 7,6% na comparação com o saldo do início do ano, enquanto o crédito empresarial avançou 2,8%.
Por fim, a inadimplência bancária no estado, medida como o percentual do saldo com atraso superior a 90 dias, foi estimada em 2,3% no segmento de PF, abaixo da observada na média nacional. No segmento de PJ, a taxa de inadimplência foi de 2,3%. Os dados são do Banco Central do Brasil.
IPCA registra alta de 4,8% no Centro-Oeste; preços ao produtor avançam no país
Em julho de 2024, o índice oficial de inflação (IPCA) medido na região Centro-Oeste registrou alta de 4,8% no acumulado de 12 meses, apresentando aceleração com relação à variação observada em meses anteriores.
O IPCA é apurado pelo IBGE e considera uma cesta de bens e serviços tipicamente consumidos pelas famílias com renda entre 1 e 40 salários mínimos.