21 sexta-feira da próxima semana, com base no calendário da antiga civilização Maia e em outras crenças.
A professora aposentada Ana Lucia de Sena Gonçalves, 55 anos, confessa que está com medo, mas diz que ela acredita mais na profecia das três crianças que, supostamente, testemunharam uma aparição de Nossa Senhora, maio de 1917, em Portugal, do que no calendário Maia.
Tentando manter-se tranquila, ela conta que desde a infância ouvia de sua avó paterna, Dorotéia de Sena, já falecida, histórias sobre o fim do mundo. Católica fervorosa, primeiro, dizia que a humanidade não chegaria ao ano 2000. Superada essa etapa, veio a mensagem católica que a santa teria revelado às crianças.
No leito de morte, a terceira criança, a última dos três a morrer, revelara que em 2012, sem citar data, haveria dois dias e duas noites de completa escuridão, e quem estivesse fora de casa desapareceria para nunca mais voltar, conta Ana Lucia.
Ana Lucia garante que estava apavorada, mas de tanto pesquisar, ler e ouvir pessoas, seu medo diminuiu. Mas, garante ela, uma coisa é certa: “em hipótese alguma sairá de casa no dia 21”. Vai que para esse dia esteja programado o fim do mundo ou, na melhor das duas opções, a escuridão de dois dias na qual poderia desaparecer.
O pedreiro João Paulo de Campos Silva, 45 anos, não tem uma crença definida, mas se considera supersticioso, motivo pelo qual prefere não arriscar a sorte. Isto significa, explica, reservar mais tempo para as pessoas que ama, pais, esposa e filhos, por exemplo.
Campos Silva, que somente este ano retornou à escola para concluir o ensino médio, diz que desde o início do ano, quando começou acompanhar informações sobre essa história do fim do mundo, está tentando ser mais calmo e tolerante.
“Às vezes dissemos coisas das quais nos arrependemos; pelo menos, por prevenção e meu próprio bem-estar, estou tentando não repetir situações que me trouxeram e causaram aborrecimento em família”, justifica.
O papa João Bento, maior líder da Igreja Católica, anunciou anteontem, por meio de seus interlocutores, que "por enquanto" o fim do mundo não chegará. Quem transmitiu a mensagem foi o diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, José Funes, que afirmou que as pessoas não devem se preocupar com "profecias" como a dos Maias.
De acordo com o calendário maia, o fim do mundo vai ocorrer no dia 21 de dezembro. Funes disse que nos últimos dias tem se falado muito no fim do mundo e que basta navegar pela internet para ver que esse tema registra 40 milhões de resultados.
Funes explicou que em 2003, enquanto participava de um curso de
astronomia na Universidade de Tegucigalpa, visitou as ruínas de Copán (Honduras) e constatou a capacidade de observação do espaço dos maias.
Em qualquer caso, prosseguiu Funes, os maias não se perguntavam se a
terra ou o sol eram o centro do cosmos, pois estavam mais interessados em encontrar "um desenho repetitivo de observações passadas que pudessem se reproduzir no futuro, já que nessa cultura o tempo tinha uma dimensão cíclica e repetitiva".
O astrônomo refletiu sobre o destino do cosmos e disse que se sabe que o universo começou há cerca de 14 bilhões de anos, que está composto por 4% de matéria ordinária, 23% de matéria escura e 73% de energia escura, e que segundo os dados mais confiáveis, expande-se continuamente.
Cuiabanos aguardam o fim do mundo
Alecy Alves
DC
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