Pelo menos 100 mil eleitores devem ir às urnas, durante o mês de novembro, nas regiões Norte, Leste e Oeste de Cuiabá, na maior eleição comunitária da história de Mato Grosso, envolvendo a disputa por mais de 200 Associações de Moradores de Bairros. Na eleição anterior, em 2011, cerca de 85 mil eleitores foram às urnas em disputas de associações comunitárias, na Capital.
O processo democrático do movimento comunitário tem provocando intensa articulação nos bairros e acontece fora de ano eleitoral convencional por determinação dos Estatutos da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Federação Mato-Grossense (Femab) e da Confederação Nacional (Conam).
O presidente Ucamb, Édio Matins de Souza, explica que as eleições dos bairros acontecem fora do período eleitoral para não ser contaminada pela influência de partidos e grupos políticos ligados a vereadores e deputados. “Sempre existe a participação de pessoas ligadas a políticos ‘A’ ou ‘B’, mas, sem dúvida, fora do ano eleitoral, a influência é muito menor”, observou ele.
As inscrições estarão abertas a partir do próximo dia 14 até 30 de setembro, na sede da Ucamb – Avenida XV de Novembro esquina com a rua Firmo Rodrigues, numero 444, Centro Sul. Informações preliminares pelo telefone da entidade: 3322-5569.
Édio Martins dirigiu um agradecimento especial para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que cedeu urnas eletrônicas e de lona para o pleito comunitário. Ele destacou que, desde 2003, é obrigatória a ‘Ficha Limpa’, por exigência da Ucamb, para que os candidatos inscrevem suas chapas. Por isso, os candidatos apresentam certidões civil e criminal, além da Receita Federal e de quitação com o TRE.
Temas como limpeza urbana, regularização fundiária, obras da Copa do Pantanal não concluídas, e infra-estrutura básica devem dominar os debates, durante a campanha eleitoral do movimento comunitário.
“Enquanto na vida pública brasileira a Lei da Ficha Limpa só chegou apenas no ano passado, nas eleições da Ucamb essa prática já existe há mais de 10 anos. Todos os candidatos têm de apresentar certidões negativas cível e criminal para concorrer”, argumentou o presidente da Ucamb, acreditando que, nesse contexto, o movimento comunitário serviu de exemplo ao país.