Uma tendência cada vez mais difundida na Europa, e que aos poucos começa se a propagar no país, tem chances de aportar em Cuiabá: a restrição ou proibição do uso de sacolas plásticas nos supermercados e demais estabelecimentos comerciais. O vereador Ivan evangelista (PPS) protocolou na Câmara Municipal um projeto de lei que determina, para acondicionar os produtos, a substituição dessas embalagens por outras confeccionadas com material biodegradável, menos agressivas ao meio ambiente.
De acordo com o projeto, os estabelecimentos comerciais têm o prazo de um ano para realizar a troca das sacolas. “Muitas cidades no Brasil já adotaram essa iniciativa. Por isso, o objetivo dessa nossa proposta é tornar a cidade de Cuiabá mais limpa e dar um destino adequado à crescente quantidade de lixo, em especial os sacos plásticos que não são biodegradáveis e contaminam o meio ambiente”.
Como alternativa ao plástico, a proposta sugere o uso do bioplástico, feito a partir da cana-de-açúcar, uma matéria-prima renovável, que se decompõe em até 100 dias em contato com um ambiente microbiologicamente ativo, o que é uma vantagem em relação aos plásticos convencionais. Os tradicionais podem contaminar a natureza por mais de cem anos.
“O inocente saco plástico não é biodegradável. Leva até 400 anos para
desaparecer no meio natural, pois é feito de moléculas inquebráveis. Jogados nos bueiros, esses sacos entopem as redes de esgoto e dificultam a compactação e decomposição dos detritos no aterro sanitário”, destaca Ivan.
De acordo com o vereador socialista, a proibição de se utilizar sacolas plásticas comuns terá, também, um grande efeito educativo, porque implicará numa mudança de hábito dos cidadãos, despertando-os para os problemas ambientais. O projeto, agora, deve ser avaliado pelas comissões temáticas da Câmara de Vereadores.