Desde o agravamento da crise mundial, em julho de 2008, ao menos 300 mil demissões em todo o mundo já foram anunciadas. Destas, pelo menos 53 mil Já aconteceu nesta segunda-feira, entre bancos, varejistas e setor manufatureiro.
Hoje, o maior corte foi anunciado pela fabricante de maquinaria pesada Caterpillar, com 20 mil demissões por causa da queda da demanda por seus produtos.
A crise financeira e bancária se acelerou no quarto trimestre de 2008 e teve um impacto significativo no crescimento econômico em geral, e nos setores aos quais servimos no mundo todo”, informou a Caterpillar, cujos resultados são tomados frequentemente como uma referência para estudar a evolução da economia nos EUA.
Além das mais de 50 mil demissões anunciadas oficialmente nesta segunda, outras 19 mil pessoas podem perder o emprego futuramente, devido à compra da farmacêutica Wyeth pela Pfizer em uma transação avaliada em US$ 68 bilhões, incluindo dinheiro e ações.
Veja abaixo outras demissões que foram importantes no cenário da crise financeira mundial:
26 de janeiro: a montadora General Motors anuncia o corte de 2.000 empregos em duas de suas fábricas nos EUA, em razão da queda da demanda, que o obrigou a reduzir fortemente sua produção.
Outras 8.000 demissões foram anunciadas pela operadora das telecomunicações americana Sprint Nextel; 7.000 pelo especialista americano em materiais e produtos de construção Home Depot; 7.000 pelo grupo de banco e seguro holandês ING; 6.000 pelo grupo holandês da eletrônica Philips e 3.500 pela siderúrgica anglo-holandesa Corus.
No Japão, Toyota, Honda, Nissan, Mitsubishi Motors, Mazda e todos os outros construtores japoneses vão se desfazer de cerca de 25.000 assalariados, terceirizados ou com contratos temporários, em suas fábricas japonesas daqui até março, segundo dados da agência de notícias japonesa Jiji.
22 de janeiro: a Sociedade nacional de minas (Sonami) do Chile anunciou que 12.000 empregos foram eliminados entre setembro e dezembro de 2008. O gigante americano da informática Microsoft anunciou a demissão de 5.000 funcionários, dos quais 1.400 imediatamente. O fabricante de material eletrônico japonês Sony decidiu acelerar o programa de demissões de 16.000 empregos anunciado em dezembro.
21 de janeiro: a sueca Ericsson (telefonia móvel) anunciou a demissão de 5.000 funcionários no mundo, enquanto o grupo de mineração anglo-australiano BHP Billiton, o maior no mundo, anunciou 6.000 e seu concorrente Rio Tinto, mais de 2.300.
14 de janeiro: o fabricante de equipamentos do setor das telecomunicações americano Motorola anunciou a demissão de 4.000 empregos, ou seja 17.000 desde janeiro de 2007. A Associação dos produtores e importadores de automóveis disse que 100.000 empregos do setor estavam em perigo na Romênia.
8 de janeiro: o japonês TDK, de tecnologias de estocagem informática, demitiu 8.000 funcionários no exterior.
6 de janeiro: o produtor americano de alumínio Alcoa anunciou a demissão de 13.500 empregados no mundo, ou seja 13% de seus efetivos.
21 de dezembro: o governo sul-coreano prevê 19.000 cortes de empregos públicos.
17 de dezembro: a Valeo (equipamentos automotivos) cortou 5.000 empregos no mundo, dos quais 1.600 na França.
11 de dezembro: o sindicato patronal da indústria farmacêutica (Leem) calculou que entre 5.000 e 6.000 demissões na França até 2010.
2 de dezembro: a General Motors anunciou demissões de até 31.500 funcionários em três anos.
27 de novembro: a ArcelorMittal, primeiro grupo siderúrgico mundial, previu a demissão de até 9.000 funcionários no mundo, dos quais 6.000 na Europa.
18 de novembro: o gigante do setor bancário americano Citigroup anunciou 50.000 demissões.
14 de novembro: o grupo de informática americano Sun Microsystems anunciou de 5.000 a 6.000 demissões.
31 de outubro: A American Express demitiu 7.000 empregados, e a Whirlpool, fabricante de eletrodomésticos, 5.000.
24 de outubro: o construtor de automóveis americano Chrysler anunciou o corte de 5.000 postos.
22 de outubro: o grupo farmacêutico Merck previa 7.200 postos a menos daqui até 2011, dos quais 6.800 demissões.
9 de outubro: a Hewlett Packard anunciou 24.600 demissões no mundo.
8 de julho: a Siemens, terceira empresa alemã, anunciou o desaparecimento de 16.750 empregos, dos quais 5.250 na Alemanha.
(Com informações de AFP, BBC e Reuters)