O crédito imobiliário será um dos destaques do ano. Os empréstimos que financiam a compra da casa própria são os mais importantes nos países desenvolvidos. No Brasil, devido aos juros altos dos últimos anos e à memória da inflação, esses empréstimos ainda são pouco representativos, por volta de 3% do PIB.
Pelas contas do mercado, os financiamentos imobiliários deverão no mínimo dobrar de tamanho em 2010, estimulados não apenas por programas estatais como o “Minha Casa, Minha Vida”, como também pelos financiamentos para imóveis mais sofisticados.
Crédito imobiliário será destaque no ano
anos com poucos lançamentos devido à crise, as empresas de construção e incorporação estão ansiosas para retomar o ritmo de 2007.
O otimismo também vale para as companhias. Segundo a especialista em análise de crédito Serasa Experian, o total de empréstimos concedidos às empresas deverá retomar aos patamares normais, anteriores à crise, até o fim de junho.
Custo x benefício
O que o consumidor deve fazer? Segundo consultor Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), quem estiver planejando usar dinheiro emprestado para fazer alguma aquisição grande, como um imóvel ou um automóvel, deve esperar alguns meses, quando as taxas dos empréstimos estiverem mais baixas. “Em financiamentos de grande valor, qualquer diferença nas taxas pode representar muitos milhares de reais”, diz ele. “Vale a pena esperar.”
Já nos financiamentos de menor valor, como a compra de um eletrodoméstico, por exemplo, o consumidor não precisa esperar tanto. “Nesses casos, a diferença de taxas deve ser de poucos reais, então não faz sentido adiar a compra do bem”, diz Oliveira.
IG.SP/U.Seg